Crítica – Lilo e Stitch (2025)

A dupla retorna trazendo nostalgia para os fãs veteranos e novos

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Finalmente, a Disney conseguiu resgatar aquela essência de 20 anos atrás que a consagrou como líder absoluta na produção de animações. Há tempos eu não via uma produção live-action da Disney que realmente alegrasse meus olhos. Muitas adaptações anteriores simplesmente não conseguiram capturar a alma das animações originais. Esta crítica é sem spoilers, mas direta ao ponto, para te ajudar a decidir se vale a pena ou não ir ao cinema.

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Mas posso afirmar com convicção: o live-action de Lilo & Stitch é a melhor coisa que a Disney fez nos últimos 10 anos. Ali, senti novamente a verdadeira essência e qualidade da Disney – algo que ela nunca deveria ter perdido. O filme conseguiu transportar para o live-action quase tudo que tornou a animação original de 2002 tão especial.

Claro, algumas mudanças foram feitas – e, surpreendentemente, funcionaram muito bem. Um exemplo é o personagem Cobra Bubbles (Courtney B. Vance), que na animação era um ex-agente da CIA disfarçado que trabalhava como assistente social. No live-action, quem assume esse papel é a atriz Tia Carrere como “Mrs. Kekoa, homenageando diversos atores havaianos que se destacaram nos anos 90 e 2000. Isso trouxe um charme a mais para o elenco, incluindo também o ator Jason Scott Lee, que já havia trabalhado com a Disney.

Maia Kealoha é um achado como Lilo

Outro grande acerto foi a escolha da atriz que interpreta a Lilo, Maia Kealoha – ela está simplesmente excepcional. Parece que nasceu para o papel. Sua atuação transmite uma naturalidade impressionante, como se fosse parte do próprio cenário.

A carga dramática da trama segue firme: Lilo perdeu os pais e vive com sua irmã Nani (Sydney Agudong), que precisa lutar diariamente para manter a guarda dela, pagar as contas e sustentar a casa. Vemos os sacrifícios que a Nani faz, inclusive abrindo mão de uma vaga em uma excelente faculdade para cuidar da irmã. Ainda assim, tudo parece desmoronar com a chegada de Stitch, que inicialmente destrói tudo que Nani tentou construir. O dilema de prioridades e a luta diária pela família são muito bem retratados.

Os elementos cômicos também funcionam. O cientista maluco que criou o Stitch – o Experimento 626 – continua divertidíssimo, com piadas que agora funcionam até melhor. Interpretado por Zach Galifianakis, Jumba aparece em CGI e também em versão humanizada, o que parece uma forma de economizar nos custos. O mesmo vale para Pleakley, agora interpretado por Billy Magnussen — a dupla surge tanto nas versões alienígenas quanto nas formas humanas. O personagem Stitch é interpretado novamente por Chris Sanders, que também dublou o original – e isso traz ainda mais nostalgia.

Já a atriz que vive a Nani, Sydney Agudong, traz todo o carisma da personagem animada. Alegre, determinada, cheia de vida ao mesmo tempo, se frustra por não conseguir entregar o melhor para sua irmã. Ela soube respeitar o legado e entregar algo que agradasse os fãs antigos.

Talvez uma ou outra mudança no final do filme pudesse ter sido evitada, mas são detalhes que não comprometem a experiência. O filme traz momentos tocantes, engraçados e até emocionantes. É impossível não se envolver e para aqueles mais sensíveis, até uma lágrima poderá ocorrer em determinado momento.

O diretor Dean Fleischer Camp, conhecido por trabalhos em curtas premiados, mostrou que é capaz de comandar um projeto desse porte com sensibilidade e respeito à obra original. A fotografia é bonita, o clima havaiano está presente, e o filme é uma celebração da família – como o próprio lema da animação diz: “Ohana significa família, e família jamais é deixada para trás.

Gamermedito (Veredito) filme Lilo & Stitch 2025

Algumas pequenas ressalvas, mas é um dos live-actions mais fiéis da Disney, equilibrando nostalgia com atualizações bem-vindas. Vale muito a pena ver – sozinho, com os filhos, com os sobrinhos… ou simplesmente com o coração aberto.

Assim sendo, finalizo minha nota para esta produção que encantou décadas e agora ganhou seu próprio live-action com 4/5. Fui acreditando ser mais do mesmo e sai da cabine de imprensa convido pela Walt Disney Pictures com a sensação que eles cumpriram seu papel! É algo charmoso que, com certeza, receberá uma bilheteria para entrar na história do cinema, que superará o seu original.

Por fim, o filme estreia oficialmente nos cinemas brasileiros em 22 de maio de 2025. Fique sabendo, que após sua retirada de cartaz entrará automaticamente na plataforma de streaming do Disney Plus.

Aloha!

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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