São Paulo, 15 de setembro de 2025 – Em uma cerimônia histórica no 77º Prêmio Emmy, Owen Cooper, de apenas 15 anos, conquistou o troféu de Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme por sua interpretação de Jamie Miller na aclamada minissérie “Adolescência” (Adolescence), da Netflix. Cooper entra para os anais da televisão como o ator mais jovem da história a vencer nesta categoria, superando recordes anteriores e destacando o impacto de sua performance em uma produção que se tornou um fenômeno global.
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A vitória de Cooper não foi mera coincidência, mas o resultado de uma atuação que cativou críticos e público ao retratar com profundidade as complexidades emocionais de um adolescente envolvido em um crime chocante. Na série, que estreou alguns meses e rapidamente alcançou o Top 10 das produções mais assistidas da Netflix, Cooper dá vida a Jamie Miller, um garoto de 13 anos acusado de assassinar uma colega de escola. Sua interpretação equilibra a inocência infantil com as sombras da raiva e isolamento, explorando temas como bullying, influência das redes sociais e a fragilidade da mente adolescente em um mundo digital hostil.
O júri do Emmy elogiou especificamente a capacidade de Cooper em transmitir a dualidade de seu personagem: um menino aparentemente comum que, sob pressão de isolamento familiar, escola despreparada e ausência de apoio emocional, desliza para atos extremos. “Owen Cooper entrega uma interpretação madura e nuançada, parecendo um ator experiente, muito além de sua idade, capturando as camadas psicológicas de um jovem moldado por forças sociais contemporâneas“, afirmou um membro da Academia de Televisão em declaração oficial. Essa profundidade foi amplificada pelo formato inovador da minissérie, filmado em plano-sequência contínuo, que exige dos atores uma imersão total e sem pausas, elevando a intensidade emocional de cada cena.
A série, dividida em quatro episódios que dissecam o crime, a investigação policial, a avaliação psiquiátrica e o impacto na família, aborda não apenas o ato em si, mas as raízes estruturais que levam a ele – solidão agravada pela tecnologia, misoginia incipiente e radicalização juvenil. A performance de Cooper, ao lado de veteranos como Stephen Graham no papel do pai, foi pivotal para o sucesso crítico da produção, que recebeu elogios de veículos como Variety e The Hollywood Reporter por sua abordagem sensível e urgente a questões sociais atuais. O Emmy 2025 novamente entrou para história.
Ele superou o recorde anterior de Scott Jacoby, que tinha 16 anos em 1973 no filme para televisão That Certain Summer.
Com essa vitória, “Adolescência” exibe uma escolha acertada para caracterizar causas atuais da sociedade. Além disso, impulsionou o boca a boca e debates sobre saúde mental adolescente. No palco, Cooper descreveu sua vitória como “tão surreal” e destacou sua trajetória humilde: “Eu só comecei aulas de drama há alguns anos, não esperava nem estar nos Estados Unidos, muito menos aqui. Mas isso prova que, se você escutar, se concentrar e sair da zona de conforto, você pode alcançar qualquer coisa na vida. Eu era ninguém há três anos. Agora estou aqui.” Ele também incentivou o público: “Saiam da zona de conforto um pouco, quem liga se vocês se envergonharem?“.
Caso nunca tenha assistido, saiba que esta minissérie está disponível na plataforma de streaming da Netflix nessa página.