O Natal e a procura por “O Grinch” de Dr. Seuss

Quando coisas essenciais nos revelam a verdadeira compreensão

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Ao criar um dos seus personagens mais emblemáticos, Theodor Seuss Geisel — mais conhecido como Dr. Seuss — provavelmente não imaginaria que que “O Grinch” se tornaria uma lenda nos contos de Natal. Rabugento e de coração pequeno, quase gélido, com sua tonalidade esverdeada, essa criatura passou longos 53 anos se questionando sobre o Natal.

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Ao nos aproximarmos dessa data especial para muitos e que atinge o globo inteiro — mesmo em países onde o espírito natalino não é venerado em sua essência — culturalmente todos sabem o que é o Natal graças aos filmes conhecidos mundialmente e a outras mídias que ajudaram esse evento a ter um conceito único.

Em 2018, publiquei em nosso site sobre o lançamento da animação O Grinch, que seria uma reimaginação repaginada do longa-metragem de 1966 “Como o Grinch Roubou o Natal“, inspirado no livro de mesmo nome. Ao analisar nossa métrica do mês de novembro, percebemos que a busca pelo personagem em nosso site cresceu na casa do milhar — algo interessante, já que não publicamos nada do personagem há um bom tempo. Até mesmo o jogo The Grinch: Christmas Adventures – Merry & Mischievous Edition, lançado em outubro, não noticiamos no site.

Esse comportamento despertou minha curiosidade sobre como a criatura rabugenta conseguiu se tornar parte do folclore do Natal. Provavelmente, no Brasil, muitos tiveram conhecimento dele em cenas como no clássico dos anos 90 Esqueceram de Mim, estrelado por Macaulay Culkin. Depois disso, o personagem ganharia uma versão em 2000, interpretado pelo ator Jim Carrey.

Mas por qual motivo essa busca incansável pelo personagem permanece tão alta?

Vivemos em uma geração que vem se arrastando ao longo dos anos, cuja moral é pautada muito mais pelo que você tem e não pelo que você é. A mensagem dessa trama, publicada oficialmente em 1957, está muito próxima do cotidiano atual. O Grinch não compreendia a dimensão de tanta alegria e cantoria dos moradores de Quemlândia (Whoville, em inglês). A magia está nas entrelinhas: mesmo os Quem sem os presentes que haviam preparado — já que o Grinch os raptou — a alegria e a fraternidade natalina continuaram vivas entre os moradores do vilarejo.

É o caso de algumas pessoas que simplesmente não compreendem por que outras conseguem ser felizes, muitas vezes sem ter a liberdade de escolher um cardápio diversificado, uma roupa da moda, um carro ou até mesmo condições de morar em ambientes mais saudáveis.

Ele acreditava que removendo as coisas que, em seu pensamento, eram importantes para os Quem — que, na verdade, estavam mais para futilidades — o Natal e toda alegria se encerrariam. Apesar de ter demorado décadas para compreender o verdadeiro contexto, esse senso crítico é justamente o que falta no nosso cotidiano. A alegria vai muito além das benesses do dinheiro e do glamour, que até podem parecer que compram felicidade. Mas é um falso sorriso amarelo, sustentado por tapinhas nas costas, passageiro, quando aquilo que fundamenta essa pirâmide se esvai.

A percepção de que suas atitudes não surtiram efeito algum fez o Grinch compreender que a harmonia e a união entre os povos daquela localidade representavam o verdadeiro espírito natalino. Isso o levou à redenção, após toda a vilania apresentada àquelas pessoas, que queriam apenas ser felizes sem que ninguém tivesse que ditar-lhes o que fazer. É por isso que, mesmo após décadas de sua criação, esse personagem é sempre lembrado quando estamos próximos de uma das datas mais comemoradas em nosso calendário gregoriano.

Como conhecer essa trama nas mídias

Caso você não conheça nada sobre a história do personagem, os dois filmes de 2000 e a animação de 2018, além do livro, podem ser encontrados em plataformas de streaming como Prime Video, Apple e Amazon — ao menos durante a pesquisa que fiz nas opções de leitura e vídeo.

E se na sua vida você passa por momentos de reflexão pensando no que fazer e qual o sentido da vida, vale lembrar como o Grinch enxergou sua própria condição e mudou ao ponto de seu pequeno coração se tornar um dos maiores já vistos naquele mundo dos Quem. A obra de Dr. Seuss já vendeu milhões de cópias pelo mundo e segue como inspiração para compreender o motivo do Feliz Natal. Também traz um ponto de conscientização: vivendo isolado, sem renas para auxiliá-lo, ele improvisou seu cachorro Max como uma — mostrando que o isolamento pode provocar diversas situações.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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