Project Motor Racing chegou nesta terça-feira, 25 de dezembro de 2025, prometendo imersão com carros estilosos e pistas icônicas. Contudo, os quase 2 mil usuários que jogaram no primeiro minuto da liberação do jogo na plataforma Steam questionaram a atual fase dessa IP.
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No quesito quantidade de carros e pistas, estes são os pontos fortes. Contudo, o jogo esbarra na IA dos oponentes e também nos servidores, que caem com frequência e apresentam lentidão para encontrar corridas. Com quase 2 mil usuários, isso não deveria ser um problema no online. Infelizmente, pelo que observei, poucos conseguiram ter uma conexão estável. Outra comparação envolve os carros, já que alguns estão bem diferentes dos modelos reais, com capô mais alto que o original e outros detalhes. Fica a dúvida se os problemas vieram de questões de licenciamento para evitar direitos autorais, mas não parece ser o caso.
No avanço da performance na pista, o cockpit não traz um estilo realista e passa a impressão de ter sido entregue às pressas. Estamos falando da Giants Software, conhecida por desenvolver um dos principais simuladores de agricultura da indústria dos games, o Farming Simulator.
Apesar de a Straight 4 Studios ser a real desenvolvedora, não consigo mensurar o quanto a Giants possui em interferência nas escolhas da direção criativa. Embora seja sabido que a comunidade dos jogos automobilísticos é exigente, me admira o jogo ter sido publicado no estado atual.
Um lançamento em acesso antecipado seria o mais correto.
A pergunta que fica é o motivo de não terem lançado o jogo nesse formato. Muitos jogos recentes, antes de ganharem a versão final, chegaram como acesso antecipado para receber feedback. Lançar o título em fase de desenvolvimento ajuda na coleta de informações para melhorias. Hades II, Starship Troopers: Extermination, Valheim, R.E.P.O., Risk of Rain 2, Fellowship e Palworld são sucessos recentes que venderam muito ainda no acesso antecipado.
Se eles tivessem lançado nessas condições, é certeza que as críticas seriam amenizadas e ainda ganhariam a simpatia de todos os usuários que adquiririam o jogo. Sem mencionar que parte dos desenvolvedores atuais do estúdio fazia parte de Project CARS, ao qual deixaram o estúdio para focar cerca de quatro anos em Project Motor Racing.
Onde erraram?
Será que essa equipe não participou do original ou apenas do último, considerado o mais fraco da franquia, o PJ3?
Há solução. A verdade é que eles terão muito trabalho pela frente para lançar atualizações e ouvir o feedback dos usuários que agora possuem o jogo. O estúdio terá que saber como contornar possíveis reembolsos. A ideia é interessante, mas sua execução pode ter passado do ponto para entregar um produto unânime entre os jogadores, que agora querem uma explicação para a frustração.
Resta saber se o estúdio terá apoio suficiente para continuar com atualizações periódicas ou se será o encerramento de mais uma franquia promissora que decisões duvidosas podem ter levado ao fim. Os usuários de consoles talvez tenham sido os mais ansiosos, já que possuem poucas alternativas de qualidade além de Gran Turismo, Forza Motorsport e outros derivados que não simulam cenários reais.
Caso eu consiga desenvolver minha análise completa, publicarei a review no site sobre o que achei com minhas impressões ao jogar o título. Por fim, Project Motor Racing está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S, e PC Windows via Steam. Além de última hora chegando ao Game Pass na versão Ultimate e PC Game Pass, obrigatório ter o jogo para lançar no dispositivo.
