David Ellison, CEO da Paramount Skydance, provocou o mercado ao afirmar que a compra da Warner Bros., pela Netflix representa um risco real para o cinema tradicional. Para ele, a concentração de poder em um único gigante do streaming ameaça estúdios, criadores e salas de exibição, podendo marcar o início da “morte do cinema”.
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Em entrevista à CNBC, Ellison destacou que a união da Netflix com a Warner criaria um conglomerado com mais de 400 milhões de assinantes globais, mais que o dobro do próximo concorrente, a Disney. “Isso é ruim para Hollywood. É ruim para o cinema. É ruim para os criadores. E, honestamente, é ruim para o público”, disse o executivo.
Ele mencionou que, caso a Paramount não intervenha, a concentração de poder poderia acelerar o fim da experiência tradicional de ir ao cinema, com consequências diretas para a diversidade de produções e a liberdade criativa.
A menção à oferta de US$ 108,4 bilhões da Paramount aparece apenas para contextualizar que a empresa está disposta a disputar o controle da Warner, mas o foco da discussão, segundo Ellison, é justamente proteger o futuro do cinema. Mesmo com jogos de interesse, quando a gigante do streaming anunciou que havia fechado os termos para a aquisição da Warner Bros., tanto o mercado quanto a mídia receberam a notícia de forma mista.
