ARC Raiders, nova aposta da Embark Studios, nos leva a uma jornada intensa em um mundo devastado, mesclando ação, sobrevivência e estratégia. O jogo combina exploração em áreas perigosas com coleta e criação de itens em ambientes subterrâneos. No papel de Raiders, enfrentamos máquinas colossais, outros jogadores e emboscadas imprevisíveis. É possível jogar sozinho ou em grupos de até três pessoas, em missões que exigem decisões arriscadas entre ganhos e perdas.
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O MeUGamer participou do teste aberto chamado Server Slam, realizado entre 17 e 19 de outubro, permitindo experimentar os principais sistemas do jogo e enviar feedbacks que ajudarão nos ajustes finais. O teste comprovou uma prévia consistente de uma experiência cooperativa de extração promissora e duradoura. Joguei através do console do Playstation 5, enquanto isso, Jefão Calheiro acessou via PC para testar o crossplay entre diferentes plataformas. Só um detalhe que algumas vezes, Calheiro enfrentou problemas de encerramento do jogo no momento da sincronização entre os servidores (Ver imagem). Provavelmente, devem corrigir esse problema antes do lançamento final, por isso, foi liberado este teste de estresse dos servidores.

Durante o evento, apenas o território “Campos de Batalha da Represa” estava disponível, lar de uma máquina ceifadora protegida por uma gigantesca criatura conhecida como Rainha. Mesmo com recursos limitados, o conteúdo deu uma boa ideia do potencial do jogo. A árvore de habilidades também estava acessível, com pontos distribuídos entre mobilidade, condicionamento e sobrevivência, obtidos conforme ganhamos experiência.
Estejam prontos para dedicar tempo à escolha estratégica dessas habilidades e à compreensão dos recursos coletados. Por se tratar de um jogo tático, o nível de exigência é elevado. Jogadores acostumados a títulos mais simples, como Fortnite, talvez sintam o peso das decisões e a complexidade das mecânicas. Já aqueles que estão por dentro como The Division, The First Descendant, Ghost Recon podem despontar rapidamente.
ARC Raiders não é apenas sobre atirar e extrair. Cada incursão exige planejamento, como garantir munição suficiente, recurso escasso no mapa, e equilibrar combate e sobrevivência. Quem se arriscar a focar apenas em confronto direto enfrentará provavelmente repetidas derrotas. Nem mesmo “Sucatinha”, o simpático mascote do jogo, poderá ajudar nesses momentos.

O teste exibiu os principais atrativos do título: combate em terceira pessoa fluido e impactante, com foco em cooperação e decisões táticas. O sistema de recompensas e criação de itens se destaca por adicionar profundidade sem comprometer o ritmo das batalhas, algo raro no gênero. Emboscadas e disputas por “loot” mostraram o potencial do jogo, especialmente em partidas em grupo, que se mostraram mais equilibradas e divertidas que o modo solo.
Jogando sozinho, porém, o desafio é alto. O dano causado pelos ARCs é severo, e as mortes são constantes, o que pode frustrar novatos que mal percebem de onde veio o ataque. As armas iniciais também são pouco eficazes contra inimigos mais fortes, e a escassez de munição agrava a dificuldade.
Como fã de jogos PvE cooperativos, encontrei diversão em ARC Raiders, mesmo com a mistura entre PvP e PvE. O visual dos cenários transporta o capricho e, apesar da frustração de perder equipamentos, cada incursão despertou ainda mais interesse. Esse fator de “tentar novamente” é o que torna o jogo tão instigante.

A agilidade é um dos pilares do gameplay, e encontrar o equilíbrio entre movimento e estratégia é essencial. A troca de tiros é tão importante quanto o posicionamento defensivo. As batalhas transmitem sensação de justiça e equilíbrio (somente entre players), algo fundamental quando todo o inventário está em risco. Essa proposta dá mais autonomia e controle sobre cada confronto, atraindo quem busca experiências justas e recompensadoras.
Será necessário um balanceamento no lançamento em relação aos danos causados pelos ARCs durante o jogo. No modo solo, as mortes acontecem com frequência, e as armas iniciais não garantem confrontos equilibrados. Em várias ocasiões, morri ao enfrentar máquinas de menor poder de dano, como drones, sendo necessário disparar múltiplos tiros, o que acabava consumindo toda a munição. Essa questão dos drones é interessante, como eles podem nos encontrar via infravermelho, você já fica pesquisando o tempo inteiro se eles estão na área. A troca de tiros entre jogadores, por outro lado, parecia justa e bem equilibrada para prolongar os confrontos; entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre os combates contra as máquinas.

Enfim…Nosso resumo do teste dos servidores em Arc Raiders
Minha maior preocupação para o lançamento é o balanceamento entre jogadores ocasionais e veteranos. Em jogos do gênero, equipamentos superiores e estratégias de emboscada podem gerar partidas desiguais. A Embark prometeu modos solo com matchmaking separado, mas, em momentos de baixa de jogadores em servidores, o jogo pode unir diferentes perfis de jogadores no mesmo servidor. Além disso, o uso de trapaças é um ponto de atenção. Resta saber se o estúdio conseguirá conter esses problemas.
Em suma, ARC Raiders se mostra um shooter cooperativo inovador, que equilibra ação, estratégia e trabalho em equipe. Com combate fluido, mecânicas justas e um sistema de progressão atraente, forneceu partidas intensas e recompensadoras. O estúdio demonstra cuidado com a comunidade e compromisso com a qualidade, além de ouvir os feedbacks dos participantes em todos os seus testes. Em outras palavras, garantindo uma experiência acessível, divertida e cheia de potencial que esperamos encontrar no seu lançamento em 30 de outubro de 2025.
Por fim, o jogo chegará oficialmente em 30 de outubro de 2025 para as plataformas de PC Windows na Steam, Epic Games Store e no console de PlayStation 5 e Xbox Series X|S.