Dispatch: Episódios 3 e 4 testam sua autoridade e controle

A tensão aumentou e a equipe-Z terá que lidar com os novos acontecimentos

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Rotatividade e reestruturação estão mais para pavio curto e controvérsia na equipe-Z de Dispatch nos episódios 3 e 4.
Essa é minha segunda análise dos novos episódios disponibilizados pela AdHoc Studio — com um total de oito até 12 de novembro — e traz uma nova ideia do que podemos esperar no decorrer da trama. Agora que Robert Robertson já se habituou à SDN para controlar os vigilantes da RES, chegou o momento de coordenar novos ares, explorando se está realmente capacitado para um relatório da equipe-Z. Você pode ler sobre as primeiras impressões dos episódios 1 e 2 aqui.

Quando a Loira Luminar (Blonde Blazer) o convidou para treinar esta equipe de novatos — que podemos dizer ser uma espécie de Esquadrão Suicida — e mostrar que todos podem se redimir, não haveria controvérsia em — alerta de spoiler — cortar um membro da equipe ao término do próximo turno.

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Você pode pensar que isso não faz sentido e foge da proposta que Luminar lhe encarregou. Porém, em uma das cenas há um quadro de pontuação de todos os super-heróis que a agência controla. Justamente os membros da nossa equipe estão nas piores posições. Antes de um pré-julgamento, tenha em mente que os heróis prestam serviços, e com pontuações baixas geram mais prejuízos que lucros e benefícios.

Estamos falando de um local onde conviver com os Supers é algo normal. Provavelmente a RES não é a única a atuar nessa empreitada e, sendo uma agência, aparecem heróis ou pseudossupers que buscam oportunidades. É duro e complicado, mas se é para representar uma novel que tenta simular um cotidiano real, eles conseguiram fazê-lo. Estranhamente, ou por dedução, eu já tinha em vista qual personagem cortaria: pela minha jogatina dos dois primeiros episódios, era a que menos entregava missões bem-sucedidas.

A trama condiciona o jogador a forçar um corte. Fica nítido que, no primeiro turno de Robert no episódio 3, há questionamentos dos membros da equipe-Z, que recusam em massa serem enviados para as tarefas — até mesmo aqueles com habilidades suficientes para executá-las com sucesso. Logo entendi que era para causar uma reflexão sobre quem seria sua escolha para eliminar do grupo.

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Nesse ponto, senti que acontece um furo narrativo nas escolhas. A princípio, o melhor da equipe — que tinha mais sucesso nas missões — é exibido entre as opções de corte. Como não olhei outros vídeos nem recomecei o capítulo para não perder minha linha narrativa, não sei se isso muda conforme as escolhas antes das missões decisivas. Se for pré-scriptado, algo que saberei em pouco tempo. Fica claro que ainda se mantém o sistema de escolhas sem muita surpresa nos finais alternativos como na época da Telltale. Isso não é um problema quando estamos focados na trama central — recuperar o traje do Mecha Man.

Nessa altura do campeonato percebemos que o roteiro possui um favorito, e não é Luminar, mas aquela personagem que você desejaria ter expulsado do grupo no segundo episódio. Recapitulando, nossa equipe que controlamos possui inicialmente Sonar, Flambae, Invisiva, Golpe Baixo, Prisma, Malévola e Golem.

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Qual o motivo de eu ter listado os personagens? É que, se fosse para escolher, qual você cortaria?

É difícil, quando os diálogos são bem escritos, até designar essa escolha fica complicado. A explicação da classificação dos 48 heróis da RES não convence. Mas, como já expliquei, negócios são negócios. O que talvez o plot iniciado ao término do segundo episódio com Fenomenomem vai além de um simples “chad” da Luminar. Optei por retirar da equipe-Z Coupé — personagem com alguns poderes interessantes, mas com um instinto brutal — diferente da Invisiva, que estava no páreo. Ela não recebeu bem a notícia e fica claro que há um ressentimento. Assim posso encerrar o episódio 3 de Dispatch.


O começo da reestruturação da equipe-Z de Dispatch…

Iniciando o episódio 4, chegou o momento de trazer alguns elementos mais técnicos, começando um caos no noticiário. O grande Fenomenomem aparentemente está abalado. Recomendo também ligar o modo censura caso esteja transmitindo ao vivo para seus seguidores, pois cenas mais libidinosas podem ocorrer com uma das personagens.

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Suas missões de apoio, como hackeamentos, são mais exigentes. Apesar de ter lidado bem com a maioria, desta vez há um antivírus que consegue nos impedir de prosseguir. Citei antivírus porque estamos acessando os sistemas de segurança — e essa programação persegue nossa esfera. Senti que em alguns puzzles esse elemento nos persegue de forma quase impossível de ultrapassar suas linhas defensivas. Fora que utilizar o teclado ou controle e lembrar das sequências pode retardar. Ainda assim, achei fácil esses quebra-cabeças, que são interessantes. Recomendo anotar em algum local caso não tenha uma memória para guardar sequências.

À medida que avançamos no turno de trabalho e as missões são bem-sucedidas, os super-heróis vão aumentando pontos para adicionar em seus atributos. Nesse ponto, fica claro que cada um deve ser utilizado conforme sua aptidão — sim, percebemos isso desde o início, mas no episódio 4 isso é mais explorado. Há opções de treinar o herói e aprimorar seus poderes secretos.

Embora seja controverso, enviei heróis com poder suficiente para preencher ou superar o gráfico do desafio no pentágono de julgamento. Simplesmente parecia proposital cair na parte que dava derrota aos nossos heróis, mesmo com probabilidade alta de sucesso. Vou acreditar que foi o acaso da sorte e não manipulação do roteiro.

Agora que Coupé foi removida da equipe, o clima ficou tenso entre Robert Robertson e sua equipe-Z — principalmente quando o personagem Golpe Baixo parecia ter um “date” com ela.

Se tratando de uma agência de trabalho, sempre que sai um funcionário é preciso recompor a vaga. Citei que Fenomenomem, considerado o principal herói da RES, estava abalado e suspenso de seus trabalhos. Entretanto, como Robertson possui a importante missão de reintegrar os heróis, ele ganha uma oportunidade para trabalhar na equipe. É claro que recusei e escolhi Aquaboy (Waterboy) — sim, fiz essa escolha. Minha intuição diz que esse personagem terá grande importância nos demais capítulos. Quando forem jogar, vão compreender o motivo dessa escolha ter sido surpresa na minha decisão (risos).

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A Loira Luminar não discorda dessa decisão — afinal, ela também não está segura quanto ao grande herói na equipe-Z. Por outro lado, Robert possui uma pequena atração por ela, e no quarto episódio há uma visão mais profunda entre vários personagens sobre desejos e vontades.

Aceitação

Com Aquaboy no grupo, o “bullying” corre solto, pois, na concepção dos demais heróis, ele é um fracote e só possui o poder limitado de transpirar e borrifar uma pequena quantidade de água pela boca. Acredito que ele não saiba utilizar seus reais poderes ou esteja escondendo o jogo — esse foi o motivo de tê-lo integrado ao time. Na minha opinião, faz total sentido, ou posso estar enganado no desenrolar dos episódios seguintes.

Lá vem nosso último turno na jornada e peregrinação pela recuperação do Mecha Man. Não mencionei no início, mas Royd, o grandão do “soquinho do banheiro”, tem feito um trabalho interessante nessa reconstrução. Em uma dessas missões para ajudar os clientes da RES, eis que aparece: a antiga gangue da Coupé, parece que retornou ao mundo do crime —; não é minha culpa…. Como havia várias missões ao mesmo tempo, acabei não conseguindo clicar no tempo correto para investigar esse fato.

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O que faz uma pessoa se decepcionar? Só falta dizer que é a sociedade que causou isso nela. A questão é que teremos mais um problema para resolver. Ela ainda não seria a algoz desse jogo, mas sabemos que Robert Robertson possui um inimigo que foi responsável pela destruição do Mecha Man: Willem Vanderstenk. E o enigmático Dopple também deve ter algum papel de vilania até o fim desta temporada.


Gamerdito: um veredito dos episódios 3 e 4 de Dispatch

Com o avanço desses novos episódios, posso constatar que o terceiro inicia um pouco corrido e tenta criar uma ponte para retirar um membro da equipe — mesmo que não bem construída. Ainda assim, a vontade de saber quem é o vilão ou o possível traidor da equipe nos instiga. É por isso que Dispatch conseguiu atrair nossos olhares.

Tratando-se de uma IP (Propriedade Intelectual) nova, sem muitos detalhes, a curiosidade é um aliado. O cansaço físico e mental de Robert Robertson — e até mesmo essa “férias” que ele tanto precisava — mostram que seu autocontrole é uma prova do quanto ele estava necessitando se afastar do combate direto ao crime. Mas herói de verdade nunca consegue ficar longe da ação, e sua vontade de retomar o manto ou traje mecânico de Mecha Man é o gatilho para continuar.

Eles tentaram adicionar uma carga dramática, transformando Robert quase em um psicólogo dos super-heróis, passando sua experiência aos demais. Algumas ações mais interativas, como no primeiro episódio, não existem nesses dois novos — o que poderia ter sido melhor elaborado. Por outro lado, o mapa da cidade, com mais missões, escolhas e hackeamentos que possibilitam maior controle, ficou interessante. Ainda acredito que deveria haver maior liberdade e opções de escolha sem focar tanto em alguns personagens específicos.

A ligação de Robert com Luminar e sua vontade de tentar impressionar e um afeto outrora quse impossível com Invisiva, sempre impulsiva, pode criar um triângulo instigante no desenrolar da trama. Contudo, a surpreendente revelação ao término do episódio 4 — dependendo da sua escolha — pode estar trazendo o verdadeiro algoz do jogo… ou não.

Dispatch entrega um entretenimento que há muito tempo não gerava tanta comoção na indústria dos games quando falamos do gênero narrativo com clima de quadrinhos e visual novel.
Estou aguardando os episódios 5 e 6 para definir se vão juntar o melhor dos quatro primeiros capítulos e adicionar mais elementos de interação com o jogo.

Por fim, Dispatch está disponível para console de PlayStation 5 e PC Windows via Steam. Fique ciente que o jogo possui legendas e interface localizado para o português brasileiro, os nomes dos personagens estão em sua maioria convertido para o nosso idioma.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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