Review de Fallen City Brawl: um beat ‘em up que poderia mais

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Fallen City Brawl é um jogo publicado pela Eastasiasoft, conhecida por lançar títulos curtos e pixelados que liberam diversos itens para platinar no console PlayStation. Desta vez, a nova empreitada é um beat ‘em up influenciado por clássicos do fim dos anos 80 e início dos 90, como Streets of Rage, Final Fight e Captain Commando. Desenvolvido pelo estúdio independente Fallen City Studio, o jogo busca aproximar fãs antigos e novos, recriando a nostalgia da época de ouro do gênero. Esta publicação da review é na versão de PC Windows através da plataforma Steam.

A trama começa com quatro personagens improváveis unindo forças para enfrentar inimigos no submundo da cidade fictícia Fatal City, ao som da trilha composta por Daniel Lindholm. Cada lutador possui habilidades únicas: um utiliza uma espingarda calibre 12, outro luta com correntes, há quem recorra a chaves de boca dupla e, por fim, o personagem que aposta apenas na força dos punhos. São, respectivamente, inspirações em Haggar, Blaze Fielding, Axel Stone, Guy, Eddie ‘Skate’ Hunter, entre outros. Durante a jogatina, é possível reconhecer diversas referências a franquias já mencionadas.

O jogo entrega um efeito nostálgico, mas a dificuldade pode decepcionar veteranos do gênero. Um ponto incômodo é a necessidade de alinhar o personagem exatamente na mesma linha do inimigo para que o golpe acerte. Percebemos que os hitboxes não foram tão bem sincronizados. Contra motos e veículos, essa limitação se torna frustrante, já que o jogador erra facilmente os ataques enquanto os inimigos conseguem acertar sem esforço. Os cenários apresentam biomas variados — neve, chuva intensa, fogo e vegetação alta. Contudo, no caso da vegetação, a opção estética adotada dificulta a identificação de onde o personagem está durante as batalhas.

Aventura curta

O título oferece uma quantidade razoável de personagens jogáveis, o que garante certa diversidade de desafios. Ainda assim, peca por ser mais curto que as inspirações. Jogadores experientes conseguem finalizá-lo em menos de 30 minutos se não perderem vidas, o que pode causar frustração para quem espera uma experiência mais longa. Apesar disso, há vantagens: cada personagem tem golpes especiais que podem ser ativados ao coletar cristais, além de itens que restauram vida, munição e atributos auxiliares. Esses elementos ajudam a equilibrar combates contra inimigos mais resistentes.

Uma das coisas que eu ficava tentando entender era o motivo de estar perdendo vida mesmo sem ser golpeado, até perceber que os ataques simplesmente custavam pontos de vida. O que eles estavam pensando? Seria uma forma de compensar o fato de que, em alguns casos, os inimigos morrem rapidamente, funcionando como um recurso de equilíbrio? Se for isso, trata-se de uma péssima estratégia para tentar criar um dinamismo mais desafiador no jogo.

Como todo bom beat ‘em up, a experiência cooperativa é um dos pontos fortes. Jogar com outra pessoa sempre foi parte da magia desse gênero, antes mesmo da era do multiplayer online. No PC, é possível usar o recurso Play Together do Steam, além da opção de dividir controle e teclado, criando uma experiência imersiva e nostálgica.

Em relação aos chefes, o desafio deixa a desejar. Em alguns momentos, parecem mais fáceis que capangas comuns, que surgem praticamente blindados e exigem vários combos para serem derrotados. Isso reduz a intensidade esperada nos confrontos finais, especialmente se comparados a referências como Capitão Comando, Cadillacs and Dinosaurs, Final Fight e Streets of Rage.

Gamerdito (Veredito de Fallen City Brawl)

Vale a pena jogar Fallen City Brawl? Para quem nunca experimentou títulos desse gênero, sim — a experiência é válida. Entretanto, o jogo poderia oferecer mais. Uma maior atenção em atualizações e melhorias seria suficiente para elevar o potencial do título.

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Review de Fallen City Brawl: um beat ‘em up que poderia mais 10

O ponto positivo é a nostalgia, com cenários e inimigos que remetem a clássicos da era 16 bits. Por outro lado, a inteligência artificial é limitada, e a mecânica de alinhamento para atacar atrapalha a fluidez. Infelizmente, não há uma versão em português brasileiro, mesmo com poucos diálogos é sempre bom possui legendas para um dos maiores mercados de usuários ativos na indústria dos games.

Minha impressão final: Fallen City Brawl tinha todos os elementos para se destacar, mas a curta duração e os poucos recursos de produção acabam impedindo que alcance seu verdadeiro potencial. Por fim, esta análise atribui ao jogo a nota oficial de 6/10.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Apaixonado por games, filmes de ficção científica, séries e tudo que envolve tecnologia e inovação, com mais de 15 anos de experiência comentando e analisando esses temas. Além disso, sou curioso por astronomia e, nas horas vagas, tento observar o cosmos como um astrônomo amador. Acredito no poder das opiniões e no respeito à diversidade de pensamentos. Em minhas análises, busco compartilhar conhecimento de maneira clara e acessível, ajudando o público a se conectar com as novidades do mundo do entretenimento e da tecnologia. Ah, e como bom flamenguista, vibro junto com o maior clube brasileiro, o Flamengo! Vamos, gamernéfilos, porque todo dia tem novidade nesse universo em constante expansão. =)

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