Inazuma Eleven: Victory Road representa uma evolução técnica para a franquia que fez os fãs esperar por um longo tempo. O título foi oficialmente lançado no dia 13 de novembro de 2025, com acesso antecipado no dia 10 para a versão Deluxe, para PlayStation, Xbox, PC Windows e Nintendo Switch. A review deste jogo foi produzida através da minha experiência na versão de PC Windows via Steam.
A Level-5 visou entregar detalhes satisfatórios e um dos motivos do adiamento foi lançar um jogo polido e sem grandes problemas de otimização. Os testes que eles liberaram serviram exatamente para ouvir sua base de jogadores, já que a comunidade é ativa e comunicativa com esta franquia. Apesar de ser um jogo focado mais na narrativa e na trama, sem dar tanta ênfase às partidas de futebol, o título exige 70 GB de armazenamento de disco, de preferência em SSD.
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O diretor e fundador da Level-5, Akihiro Hino, cumpriu a promessa de não incluir microtransações. O sistema de “gatcha” utiliza exclusivamente a moeda interna do jogo, eliminando o fator pay-to-win. Isso é extremamente benéfico para jogadores que não possuem muito tempo para jogar e precisariam ficar horas ganhando experiência para progredir contra outros jogadores.
Além disso, a funcionalidade de cross-save permite que os jogadores compartilhem e sincronizem o progresso do save entre múltiplas plataformas, o que é excelente para jogar onde quiser, seja no console ou no PC.
A arte do jogo foi desenvolvida pelo estúdio MAPPA, empregando um estilo cel shaded que melhora a fidelidade visual. Considerando que Victory Road oferece um vasto catálogo de 5.400 personagens, abrangendo todas as eras da franquia (Original, GO, Chrono Stone, Galaxy, Ares e Orion); o jogo entrega nostalgia para várias gerações, seja para o pai que já acompanhava a saga ou para o filho que está conhecendo agora. Principalmente com aparição de Harper Evans filho do icônico Endou Mamoru (Satoru Endo na versão brasileira).
O Modo História: Nagumohara e os Personagens Centrais
O modo história foca em Unmei Sasanami, capitão e técnico da equipe, que tenta se afastar do esporte devido a uma condição cardíaca. Ele se transfere para a escola Nagumohara, onde o futebol é proibido. Essa parte da condição dele é interessante, pois muitos jogadores profissionais da vida real já perderam suas vidas sem saberem de problemas cardíacos, e outros se afastaram, como o jogador argentino Kun Agüero, famoso por ser grande fã de Dragon Ball.
Um ponto valorizado pelos fãs é que o jogo mantém os nomes originais japoneses dos personagens em vez de utilizar nomes ocidentalizados. Ele também oferece legendas em português, facilitando a imersão da trama para quem não conhece muito da saga.
O time de Sasanami na Nagumohara é formado por personagens com histórias distintas. Itsuki Kensuke, conhecido pela técnica Corrente Humana, é o amigo leal que usa a Keshin e serve como apoio constante ao capitão. Jyōdi Sakurazaki atua como atacante e vive em conflito com o pai, o que alimenta sua postura mais rebelde. Raika Sonohara, ex-dançarina, entra para o futebol em busca de novos desafios e acaba inspirando Kameo Kadoukai, o zagueiro que sofre bullying mas encontra nela motivação para desenvolver o Mixi Max. Garyuu Shinsendou, membro do conselho estudantil, se junta ao grupo depois de investigar casos de corrupção na escola.
Por fim, Yagyuu, antigo prodígio do baseball, retorna ao futebol depois de lidar com pressões políticas impostas pelo próprio pai.
Conteúdo Adicional e Confrontos Notáveis
O jogo inclui o Modo Crônica para reviver partidas históricas e o Baby Stadium para confrontos equilibrados.
A trama apresenta confrontos estratégicos, como o duelo de técnicos entre a Teikoku e a Nagumohara. Também explora o arco de Haru Endō. Haru, inicialmente conhecido como o Monstro do Futebol, sofre uma crise após a perda de um amigo, culminando em uma conspiração do técnico da Raimon.
O desfecho traz um embate final emocionante, com referências claras aos ícones da franquia como Endō, Gouenji, Kabeyama, Tsunami e Kidou, além do uso das técnicas Keshin e Mixi Max.
No quesito visual do jogo, é nítido o capricho dos desenvolvedores em cada personagem e cenário, tentando aproximar ao máximo o jogador do estilo do anime. O investimento na produção também trouxe bônus, entregando três aberturas bem animadas. A segunda abertura, produzida pelo estúdio Tpinztonz, se destaca pelo ritmo e edição dinâmica, agradando os fãs e empolgando novos jogadores que, a essa altura, já devem ter compreendido a essência desta franquia, conhecida no Brasil como Super Onze. Mesmo não possuindo a mesma repercussão de Super Campeões (Captain Tsubasa), conseguiu responder à altura neste novo título lançado para consoles e PC.
Dinâmica em relação outras franquias de futebol virtual
Enfim, Inazuma Eleven: Victory Road entrega uma imersão que mescla JRPG, graphic novel e gameplay com elementos de turnos, ampliando a essência do futebol virtual. Fique ciente de que este não é um jogo que terá foco como eFootball ou EA Sports FC, mas trará um estilo de desafio que esses outros não possuem. A estratégia para formar uma boa equipe e a dinâmica das escolhas definem suas vitórias.
Confesso que o jogo me desperta momentos nostálgicos, principalmente porque conseguiu ampliar suas mídias não só na indústria dos games, mas também nos animes e mangás. A Level-5 deve estar orgulhosa por saber que os fãs de longa data, que conheceram a franquia no Nintendo DS em 2008, veem sua consolidação 17 anos depois.
A imersão do gameplay
Porém, sabemos que Inazuma Eleven sem os efeitos icônicos das animações das técnicas dos personagens não teria o mesmo impacto. É nesse ponto que, mesmo com as animações e as escolhas que fazemos para decidir se podemos driblar ou não os adversários durante as partidas, o jogo atiça nossa vontade de competir.
Haverá momentos em que vamos conseguir nos sobressair contra os adversários e outros em que eles, com maior porcentagem ou técnicas superiores, vão nos impedir. Até nos especiais, ao utilizarmos a barra de tensão, um simples descuido na mira pode fazer uma grande chance ser desperdiçada. Os goleiros são eficientes e podem defender ou simplesmente não conseguir fazer nada se o nosso poder estiver muito superior. Convido vocês a aproveitarem ao máximo cada partida de futebol, explorarem todas as possibilidades e observarem cada animação única dos seus jogadores favoritos desta saga.
Enfim… Vale a pena jogar Inazuma Eleven: Victory Road?
Se há um questionamento sobre o geral, analisando trilha sonora, enredo e gráficos, Victory Road recebe nota 8.0 de 10 para esta review. Muitos poderiam esperar menos, mas o conjunto da obra superou as exp ectativas. Antes mesmo do lançamento oficial, o roadmap no site do jogo já prometia atualizações constantes para manter a experiência positiva.
Um ponto negativo é que a linha de aprendizagem pode ser um pouco diferente para usuários que não possuem familiaridade com esse estilo. Mas os fãs desse gênero com certeza vão tirar de letra como verdadeiros craques do futebol. No início desta análise você pode conferir um vídeo avançado como paste da história do jogo.
Fique ciente de que esta review é de autoria própria e não recebemos qualquer incentivo, tampouco a chave do jogo por parte da desenvolvedora ou de assessorias ligadas à saga. Isso nos permite total liberdade, sem qualquer possibilidade ou obrigação de destacar pontos positivos. E vale reforçar que isso não significa que as empresas façam esse tipo de imposição.
