Review The Division 2: DLC Battle for Brooklyn

Expansão traz novos desafios e reacende o interesse pela franquia pós-pandemia

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The Division é um jogo singular, cuja jornada nos transporta por uma pandemia letal. O tema de sociedades colapsadas, a perda de controle de um governo poderoso e o apelo por grupos armados que lutam pelo poder sempre esteve em evidência na vida real. O título da Ubisoft não foge da realidade ao abordar temas que provocam reflexões sobre paralelos com o mundo em que vivemos.

Como sobreviventes, temos um papel crucial como civis na reconstrução de uma nova sociedade. Em meio ao caos, organizamos comunidades, criamos defesas e resistimos. Se você encara The Division 2 apenas como um jogo de tiro em terceira pessoa, talvez não esteja preparado para sobreviver. A profundidade do jogo reside em um endgame completo, rico em ramificações, personagens interligados e na complexidade das builds que definirão sua sobrevivência.

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Seja veterano ou novato, você certamente conhece — ou descobrirá — as polêmicas entre a comunidade fiel e a Ubisoft, causadas por atualizações mal recebidas, conteúdos frustrantes e problemas de instabilidade que irritaram os jogadores mais dedicados. Promessas e constantes atrasos afastaram grande parte do público, mas a Ubisoft apostou em conteúdos monetizáveis e temporadas mais longas, aumentando o interesse com itens sazonais exclusivos, novos modos de jogo e os já tradicionais DLCs.

O grande atrativo de The Division 2 sempre foi seu combate estratégico e a progressão envolvente de RPG. Nos primeiros meses, o jogo trouxe conteúdos marcantes como níveis de mundo, incursões e equipamentos altamente customizáveis.

A expansão Warlords of New York, lançada em 2020, representou uma virada importante, levando os jogadores de volta a Manhattan com novos desafios e aumento no limite de nível. Ela pavimentou o caminho para futuros conteúdos como o novo Battle for Brooklyn, que resgata a nostalgia de bairros como Brooklyn Heights e DUMBO. A expansão apresenta novas missões, enigmas envolvendo caçadores e referências sutis ao primeiro jogo, sem cair na repetição.

Eis que surge The Division 2: Battle for Brooklyn, a nova aposta da Ubisoft, expandindo o mundo do título. Quem jogou o primeiro título reconhecerá locais especiais em versões mais sofisticadas, reflexo dos avanços tecnológicos. Vale a pena investir nesse DLC? Acompanhe nossa análise!.

O início

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Já no início da expansão, o jogador recebe uma missão de resgate que serve de ponto de partida para explorar Brooklyn. A ambientação traz de volta locais icônicos do primeiro jogo, despertando nostalgia. Itens cosméticos similares aos anteriores estão espalhados pelo mapa e podem ser encontrados em mochilas, armários e entulhos. A imersão é imediata, com muitos colecionáveis e oportunidades de farm, demonstrando o cuidado em agradar aos fãs de longa data. Melhorias no sistema de progressão também renovam a experiência.

A expansão aposta em exploração vertical e caminhos alternativos como telhados, túneis e becos — alguns com quebra-cabeças e conexões entre áreas. A ambientação dinâmica inclui confrontos entre facções e eventos aleatórios, tornando a progressão de XP mais fluida. No entanto, o excesso de atividades e a repetição de rotas pode causar fadiga. Os pontos de controle são desafiadores, exigindo adaptação às armadilhas e inimigos — embora fiquem previsíveis com o tempo. A campanha segue o modelo tradicional de evolução, focando na melhoria de estruturas e suporte aos sobreviventes.

O mapa é menor que o DLC anterior, oferecendo cerca de 6 horas nas missões principais e mais de 12 horas para exploração completa. Theo Parnell e Aaron Keener, rostos conhecidos, ganham mais profundidade com conteúdos adicionais. Jogar The Division 1 e 2 proporciona uma visão mais rica, mas nada impede de começar direto pelo DLC, especialmente com amigos.

Apesar de compacto, o DLC continua divertido, com coleta de recursos e exploração. Mesmo após seis anos, The Division 2 surpreende com seus visuais detalhados — grafites, prédios desgastados, animais vagando e sinais do caos do surto.

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Gameplay através de Brooklyn

A campanha inclui oito missões principais. A experiência solo não revela todo o potencial do título, que brilha no modo cooperativo. Além da ambientação, ainda é prazeroso encontrar gravações de áudio e cumprir atividades paralelas como eliminar patrulhas ou desativar transmissões inimigas.

O mundo reage a cada nova missão. Quatro missões secundárias podem ser repetidas — sugerindo tendências para atualizações futuras. Concluindo parte delas, acessamos a missão principal, fora da área inicial, com estrutura semelhante a uma fortaleza. Os cenários são riquíssimos em detalhes narrativos, como a missão no parque de skate em DUMBO, que transmite vida e melancolia ao mesmo tempo. A missão principal transmite urgência e combina mecânicas simples a situações intensas, exigindo estratégia sob pressão, em baixa luz e com ruídos constantes.

Contudo, há pouca inovação nos objetivos. Os quatro Pontos de Controle inéditos têm potencial, mas mecânicas novas só aparecem mais adiante — como destruir geradores conectados a torres de foguetes. Há também missões recicladas, como cumprir objetivos em tempo limitado. Mesmo assim, há momentos de grande impacto, como tiroteios intensos sob fumaça. A missão final entrega um desfecho grandioso, mesmo que as revelações pareçam mais um gancho narrativo do que um avanço real na trama.

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A dificuldade é adaptável ao tamanho do grupo, permitindo gameplay solo ou em equipe. Ainda assim, os combates exigem atenção: os inimigos flanqueiam, organizam-se e usam armamentos automatizados. O equilíbrio entre risco e recompensa se mantém: personalizar equipamentos e montar boas combinações de habilidades continua sendo essencial.

Estratégias para enfrentar os efeitos da “chama roxa” já estão disponíveis, incluindo a introdução de uma nova máscara exótica. Esse item pode ser obtido como recompensa aleatória na missão final da DLC e, após ser adquirido pela primeira vez, passa a ter chance de drop como qualquer outro equipamento do jogo. Sua principal função é reduzir os impactos da chama roxa, beneficiando especialmente jogadores em constante movimento.

Além disso, foi adicionada a habilidade de cobertura inteligente, uma versão atualizada de uma função já conhecida do primeiro The Division. Essa habilidade aprimora a proteção em grupo quando utilizada em coberturas específicas.

A DLC também está vinculada à nova temporada, que traz cinco modificadores ativos. Um deles concede armadura extra com base no dano recebido; outro reduz o tempo de recarga das habilidades restantes sempre que uma delas é usada. A principal novidade é um modificador que permite trocar a pontuação acumulada por bônus temporários poderosos — quanto maior a pontuação, mais forte o bônus, com efeitos especiais desbloqueados no nível máximo.

Quando digo que The Division 2 é um título complexo em seu endgame, isso se confirma ao lidarmos com a grande quantidade de informações e com o gerenciamento de builds. O mais interessante em dominar esses elementos é ver o impacto direto no desempenho do seu personagem em situações cruciais, especialmente nos níveis mais difíceis do jogo — ainda mais com a presença da chama roxa no Brooklyn.

Recomendo dedicar um tempo para entender melhor o sistema de builds e identificar quais características se adaptam melhor ao seu estilo de jogo, pois isso impacta significativamente seu progresso. O sistema de repetição para crafting permanece, mas a sensação de alcançar o melhor nível de equipamento e ver todo o seu potencial em ação compensa o esforço.

The Division 2 pode ser punitivo e desafiador para iniciantes, e confiar apenas em uma arma não garantirá sua sobrevivência. Das armas exóticas às de níveis inferiores, todas fazem parte de um conjunto maior de elementos que precisam ser explorados. Precisão, estabilidade, pente de munição, mira — tudo deve ser analisado com atenção e ajustado antes de encarar os desafios mais avançados do jogo.

Ambientação de Nova York impressiona

Para quem já conhece The Division 2, o jogo continua demonstrando seu potencial. Aos novatos, a Ubisoft mantém o alto padrão visto em títulos como em Wildlands. Mesmo em meio ao caos, a ambientação de Nova York impressiona. O áudio é bem trabalhado, e a trilha sonora cumpre seu papel discretamente. O cenário outonal de Nova York é estonteante — é difícil não parar para admirar a paisagem. Battle for Brooklyn entrega ação constante e deixa a impressão de ser um prelúdio para um possível The Division 3, testando novas abordagens narrativas e o engajamento da comunidade.

Após cancelamentos de jogos dentro desse universo é um momento para fazer os jogadores veteranos retornarem ao jogo para uma nova jornada.

Gamerdito (Veredito) Battle for Brooklyn

Com um equilíbrio entre ação estratégica, ambientação rica e desenvolvimento narrativo, Battle for Brooklyn aumenta a longevidade de The Division 2 e mostra que a franquia ainda tem fôlego para encantar veteranos e conquistar novos jogadores. Embora nem todos os aspectos sejam inovadores, a expansão entrega consistência, com momentos memoráveis que mantêm o universo da série pulsando com intensidade. Seja como ponto de reentrada ou como preparação para o que está por vir, essa jornada por Brooklyn é um convite certeiro para adentrar novamente no caos e na esperança de um mundo em reconstrução.

Agradecemos à Ubisoft pela liberação da chave do jogo, nos proporcionando a oportunidade de realizar uma análise de The Division 2: DLC Battle for Brooklyn no PS5. Além de sua assessoria pela intermediação!

Vanessa Ferreira
Vanessa Ferreirahttps://www.meugamer.com
Carioca, apaixonada por games, gatos e chocolate. Reservada por opção, nerd por condição. "Quando você está perdido na escuridão, procure a luz e acredite nos vagalumes"- The Last of Us

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