Crítica Avatar 2: O Caminho da Água review
Avatar: O Caminho da Água (Divulgação / Disney)

O filme Avatar 2: O Caminho da Água (2022) chegou para inovar e ser o novo divisor de águas no cinema, e na nossa crítica, você confere os detalhes.

Crítica: Avatar 2: O Caminho da Água (2022)

É muito difícil comentar sobre “Avatar: O Caminho da Água” sem ter todo peso de anos de teorias e promessas de mudança. Mas a sequência de James Cameron é uma experiência cinematográfica verdadeiramente deslumbrante, pelo menos em aspectos técnicos, e que o deixará encantado e nas alturas (ou no mar) de um sucesso de bilheteria.

Não importa se você passou um segundo ou várias horas de sua vida nos últimos 13 anos pensando sobre o que está acontecendo em Pandora, ou como Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) estão se dando, desde que você se lembre dos nomes de seus personagens.

“O Caminho da Água” deixará maravilhados até mesmo pessoas não muito fãs de “Avatar” como eu, em grande parte das mais de três horas de filme. Ele não é apenas atraente visualmente, mas também é espiritualmente rico – uma história simples, com problemas de roteiro, é verdade, mas penetrante, sobre a família e o mundo como conhecemos, e até onde o dinheiro e a soberba, combinado da tecnologia, pode levar a humanidade.

Sobre o tempo de execução: três horas e 10 minutos é excessivo, mas há uma história nova, com novos conceitos, que seriam complicados de serem feitos em duas, por exemplo. Quando o cineasta é determinado com esse tempo, como Cameron e muitos outros foram antes dele, é uma experiência única, mas não necessariamente aproveitada 100% bem. Em outras palavras, faltou um pouco de ritmo mais acelerado, que poderiam ser resolvidos com pequenos cortes.

Na trama, Jake e Neytiri têm três filhos agora, Neteyam (Jamie Flatters), Lo’ak (Britain Dalton), Tuk (Trinity Jo-Li Bliss) e uma filha adolescente adotiva, a propensa a devaneios Kiri (interpretada, em uma peça inteligente, por Sigourney Weaver, de 73 anos, que interpretou a mãe do personagem no primeiro filme). Para completar o conjunto de garotos fofos, há Spider (Jack Champion). Os humanos estão em busca de Jake, com um antagonista familiar liderando o ataque. E logo sua família está fugindo, voltando para casa em outra parte de Pandora, na água com uma nova tribo liderada por Ronal (Kate Winslet) e Tonowari (Cliff Curtis) que relutantemente lhes concede refúgio e tenta ensiná-los a viver na água.

O líder das novas forças colonizadoras, empenhado em extrair valor do ecossistema de Pandora e, principalmente, em rastrear e matar Jake Sully, é uma versão atualizada do vilão do primeiro filme. Coronel Miles Quaritch (Stephen Lang), morto no final de Avatar, carregou sorrateiramente sua própria consciência para algum tipo de disco rígido futurista e reimplantou-o em um corpo Na’vi geneticamente modificado (ou seja, colocou um HD num corpo de um Avatar.

Para se esconder dos invasores assassinos, os Sullys atravessam Pandora até o reino aquático de Metkayina, onde são inicialmente recebidos com desconfiança pelo líder tribal Tonowari (Cliff Curtis) e sua esposa xamã grávida Ronal (Kate Winslet), mas são gradualmente aceitos.

O design dos personagens Metkayina verde-azulados é lindamente diferenciado do familiar gato azul-gigante dos Omaticayas, a tribo da floresta, que foi o foco do primeiro filme. Existem algumas sequências em que membros de ambos tribos exploram as maravilhas da vida marinha de Pandora, foco no arco que ocupa grande parte filme: criaturas sencientes semelhantes a baleias chamadas tulkun, cardumes brilhantes de peixes bioluminescentes e uma arraia rosa maravilhosamente imaginada que, presa aos ombros de um nadador como asas de fada. Tudo isso, com um vislumbre espetacular, além de sons próprios e mais imersivos ainda com o áudio original do cinema.

Vale a pena notar que Cameron não encheu o filme com ação entorpecente, de parede a parede e enredo desnecessariamente complicado. Há longos trechos do filme em que estamos simplesmente explorando o ambiente com os personagens, o que foi uma escolha do diretor, e que fez diferença no sentido emocional, e principalmente cinematográfico.

Às vezes, estamos apenas sentados na água com Kiri, que também está sentada na água. Não está avançando a ação de nenhuma maneira óbvia. Não é nem mesmo personagens em desenvolvimento. Simplesmente é, e é tranquilo.

A ação também está lá, é claro, porém, se torna emocionante apenas se você se envolveu na família e se preocupou com as crianças que nunca estão onde deveriam estar, e muitas vezes estão em perigo em detrimento disso.

No terço final do filme, a batalha entre os terráqueos e os Na’vi tomam conta da história, com uma série de cenas de ação emocionantes, embora nem sempre lógicas (e algumas até forçadas), que incluem uma perseguição emocionante em um navio baleeiro e um naufrágio prolongado. Nem o diálogo, nem o desenvolvimento do personagem são os pontos fortes desse mergulho visualmente deslumbrante, mas você não precisa de nuances finas de significado para entender o que está em jogo nessas cenas.

“Nunca duvide de James Cameron” tornou-se um grito de guerra ultimamente, pelo menos entre os deixados no Twitter. É ainda mais extraordinário porque as sequências se tornaram uma espécie de piada desde o primeiro filme. Mesmo quando a data de lançamento foi anunciada, realmente se aproximou do “quem se importa?”. Alguém realmente pensou duas vezes sobre “Avatar”? Mas Cameron conhece bem uma sequência emocionante e a água (e também referir-se a seus maiores sucessos neste filme).

Então as pessoas assistiram, e algo mudou. Há algo reconfortante no fato de ser entregue um bom filme. Aquele “quem se importa?” pode se transformar em espanto em um instante.

Com um espetacular visual, mas nem perto de brilhante no roteiro, o filme é uma boa experiência, que necessita ser assistida na telona de cinema, para uma completa imersão.

Para Avatar 2: O Caminho da Água, fecho com a nota crítica de 3,5/5.

Por fim, assista ao filme Avatar: O Caminho da Água nos cinemas.

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