Crítica Creed III
Crítica Creed III — divulgação

Esqueça Rocky Balboa. Aqui ele sequer é citado. Vemos o passado do Creed, mas um passado desconhecido, sem envolvimento com o personagem que criou todo esse universo.
Parece que Sylvester Stallone não gostou muito de não ter sido chamado para esse filme, vendo os produtores do filme como ingratos.
Creed 1 foi um dos maiores filmes spin off já feitos. Derivado de uma franquia histórica e de enorme sucesso, Creed I se mostrou um filme que respeitava os valores de Rocky, com um protagonista bem carismático, e mais importante, com todo o espírito dos filmes do garanhão italiano.

Creed 2 embora tenha trazido o icônico Ivan Drago e seu filho, não foi bem recebido pelo público. Talvez o fato de Creed 2 ter perdido o diretor e roteirista do primeiro, o Ryan Coogler tenha feito a diferença. Ryan Coogler foi o diretor de Pantera Negra. Creed 2 ficou abaixo do primeiro e do terceiro!

Bom, Creed 3 marca a estreia de Michael B. Jordan, o próprio Creed, como diretor. Entre acertos e erros, ele tenta imprimir sua marca própria, com uma pegada meio de anime, de videogame, que não existe na franquia original.


Nessa terceiro filme, vemos o passado de Adonis Creed ressurgir na figura de “Diamond” Damian “Dame” Anderson (Jonathan Majors), grande amigo na adolescência que passou dezoito anos preso e agora está de volta às ruas. Majors, que recentemente foi visto como Kang, em Homem-Formiga e Vespa: Quantumania, encarna um homem amargurado, com ódio do mundo, ansioso para recuperar o tempo perdido. Aqui o ator encontra espaço para dar uma profundidade ao seu personagem e ao do Jordan.


Infelizmente não há espaço para a Tessa Tompson (Thor: Ragnarok) mostrar um pouco mais da Bianca Taylor, a esposa de Creed ao seu lado. E ficamos com um gostinho de “Quero Mais” com relação a filha do protagonista, a jovem Amara Creed. Espero que nos próximos filmes seja mostrado um pouco mais da relação pai-filha; algo que sempre faltou na franquia Rocky. A jovem atriz Mila-Davis Kent mostrou carisma e uma boa interpretação.

Preparando-se para detonar nos ringues

As cenas de treino e luta, em especial a luta final, são bem empolgantes. Para quem conhece, dá para sentir uma pegada meio anime nas lutas, o que não é bom, nem ruim, apenas diferente. Há quem goste, há quem odeie, mas não dá para não notar o toque do diretor aqui.
Mas um ponto baixo do filme é que algumas coisas ocorrem de forma meio acelerada, muito fora da realidade. Tipo, na vida real não basta querer ser um campeão mundial, você nunca que na sua primeira luta já desafia o título.


De forma geral, o filme empolga, vale o ingresso, porém ainda fica abaixo do primeiro filme. Michael B Jordan mostrou potencial como diretor, no entanto, também mostrou que ainda precisa evoluir bastante.

O longa estreou nos cinemas brasileiros em 2 de março de 2023.

Nota da crítica 3.5/5.

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