O Clímax era como nos anos 2000 em Homem-Aranha daquela fase que traria nova visão em tecnologia para o cinema de super-heróis. Peter Parker é talvez o principal representante de um herói popular que representava a turma dos excluídos no recreio entre os grupos de amigo. Jovem, tímido com ideias acima do seu tempo traz uma breve desconfiança nas pessoas próximas. Isolado, leva o adolescente a buscar por uma inspiração e nos identificamos com Parker.

A franquia entra no seu oitavo filme dentro do MCU, passando por 3 atores que protagonizaram o Homem-Aranha. Desde a estreia em 2002 com Tobey Maguire, passando o posto para Andrew Garfield, em 2012, e finalmente chegando ao atual Tom Holland. Porém, o que estamos prestes a ver é algo inédito até pelas produções da Sony Pictures e Marvel Studios. Ressuscitar personagens na pele de atores que o público pensava que jamais veriam interpretá-los novamente, é surpreendente. Como é o caso dos vilões que se confirmaram nos trailers, durante o processo de lançamento do filme do Aranha.

Começar pelo trabalho dos roteiristas Chris McKenna e Erik Sommers ao promoverem um novo ritmo para trama de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Mesmo que eu, não concorde de como conduziram os acontecimentos para a introdução do Multiverso no filme. No entanto, trazer vários personagens para um único filme e trabalhar para convencer o espectador é extramente difícil. Onde o diretor Jon Watts conseguiu conduzir com perfeição permitindo tempo suficiente para introduzir cada um deles na trama!

Assim sendo, ele ainda conseguiu manter nas telas espaço com o elenco atual, como a Tia May (Marisa Tomei) e a dupla Ned Leeds (Jacob Batalon) e MJ (Zendaya). Apesar de Ned continuar ser o nosso alívio cômico sua partipação é extremamente importante, é em seus momentos que iremos presenciar algo nostálgico. Por mencionar nostálgica, Watts pegou referências dos longas de Sam Raimi e Marc Webb e trouxe para esse último filme.

Não pense que o roteiro está preso em Peter Parker e Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para conseguir fazer todos esquecerem quem é o amigo da vizinhança. A narrativa contada supera os demais longas, protagonizados por Holland. O contexto vem para um apelo emocional e crescimento de Parker, sem ser carregado por Tony Stark. Era uma das críticas que o garoto, estava longe de ser o cientista que conhecemos nos quadrinhos. Minha menção está longe de provocar uma retcon tardia, mas, traz a essência do herói. Sua brilhante mente trabalhará como nunca neste filme. Veremos o prodígio como deveria ser desde o início.

Percebemos Holland mais a vontade e convence na atuação e até momentos que exigiram diálogos complexos e chocantes. A nostalgia entregue traz uma reflexão de como deveria ter sido se outras oportunidades fossem dadas. Seu carisma e o ar de ingenuidade, por mais, que tenha atitudes precipitadas sentimos injustiçado. Essa magia é um dos grandes segredos para o sucesso dele como Homem-Aranha. Como citei acima, algumas partes do roteiro e as atitudes de Peter para abrir o Multiverso é forçada. Considerando acontecimentos anteriores lutando ao lado dos Vingadores, mostra um comportamento de um herói inexperiente — forçou a barra, contudo, não estragar a imersão.

A profundidade veio através das perspectivas dos vilões, no qual o poder é como um refúgio para sair da realidade. O crescimento para a reviravolta fica evidente, como nos trailers, o destino dos vilões é a morte. Embora, se fosse possível uma remissão para eles; é válido continuar nesse “looping” temporal, sem fim? São questionamentos difíceis de compreender. Pelo pensamento atual, pré-julgamos qualquer narrativa que não seja parecida com a nossa.

Com ambição, de fazer algo arriscado e sem medo da crítica e com total liberdade criativa. Coloca Sem Volta Para Casa, como um dos filmes memoráveis dos personagens da Marvel. E, a sensação de um arco ter sido finalizado apenas quase 20 anos, depois do primeiro filme do teioso. Uma coisa que posso citar sem estragar a imersão do leitor, é que a Marvel nos presenteou com inúmeras referências para suas próximas produções. Ademais, pode parecer estranho, o Multiverso vai lhe fazer sentir no passado, presente e no futuro.

O amigão da Vizinhança nos traz alegrias, emoções, tristezas, de um dever cumprido do desfecho da trilogia, que agradará os fãs e também aqueles que gostam de um bom entretenimento. Estejam prontos para às duas cenas pós-créditos. Aguardamos o herói para uma nova aventura que deve chegar muito em breve.

Nota da crítica 4/5.

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