Crítica Re/Member filme netflix
Re/Member (Divulgação / Netflix)

O filme Re/Member chegou na Netflix, e entregou um terror japonês adolescente que funcionaria justa e somente em sua inspiração: um mangá, e na nossa crítica, você confere os detalhes.

No filme, seis estudantes do ensino médio presos em um loop temporal assassino, e devem encontrar os restos mortais de uma vítima desconhecida para quebrar a maldição e finalmente ver um novo dia.

Crítica – Re/Member (2022)

No início, parecia que tudo ia dar certo. A trama de loop temporal já é, em si, muito divertida, e misturar isso com terror poderia ser impactante e ainda mais apavorante, entretanto, não foi isso que aconteceu com o filme Re/Member.

O loop temporal até funcionou, mas quando pensamos que ele foi misturado com o terror, daí sim que não tivemos o sucesso esperado.

Infelizmente, o tempo de execução de 1 hora e 43 minutos (incluindo uma cena pós-créditos) significa que ele é, surpreendentemente, muito longo. Além disso, o estilo dele muda completamente do nada. Às vezes, parece que estamos em uma doce história sobre amor e amizade, muito parecida com os doramas. No minuto seguinte, alguém é dilacerado. E no final das contas, esse tipo híbrido não funcionou.

Do meio pro final, a história muda a todo momento, de feliz para triste, de terror para romance, e isso não é bem implementado em nenhum momento.

O elemento terror, que poderia ser o forte do filme, acaba sendo o mais fraco. E eu não digo nem da maquiagem da guria assutadora, que realmente é bem feita, mas sim, das tensões que não são criadas.

Talvez esse problema poderia ter sido solucionado se o filme focasse somente no terror psicológico, com mais tensão e melhor uso da trilha sonora, ou somente como um comum, recheado de jump scare, que também não acontece.

A história

Colocando você por dentro do filme, caso você não tenha assistido, conhecemos Asuka, uma estudante solitária do ensino médio. Depois de um dia aparentemente normal, ela recebe uma estranha mensagem de texto (ou muitas delas) e, ao bater da meia-noite, ela se encontra na Capela da escola. Lá ela se junta a Takahiro e quatro outros alunos do ensino médio de sua classe.

Depois de terem passado a noite sendo mortos um a um – por uma entidade chamada “Pessoa Vermelha” – eles acordam em sua própria cama para reviver o mesmo dia. À meia-noite estão novamente na Capela. Rapidamente, eles percebem que só podem quebrar a maldição encontrando os restos espalhados de um corpo escondido em sua escola.

Até agora tudo bem. Mas a narrativa é, em última análise, uma experiência “dispersiva” demais. Simplesmente não envolve muito o espectador médio, como é de se suspeitar.

Terror misturado com comédia, drama ou ficção científica, tudo junto e misturado. Para ser justo, não é tanto o conteúdo das cenas, mas também a trilha sonora. As músicas parecem completamente descontextualizadas com a história que está sendo contada.

Re/Member é uma adaptação do mangá “Karadasagashi” escrito por Welzard com Katsutoshi Murase fornecendo a arte. E é exatamente nisso que esse filme pode funcionar. Um anime de um loop temporal, com essas repetidas e engenhosas mortes, poderia funcionar muito mais em uma temporada de 12 episódios, como é o costume.

E para concluir, o material disponível e onde o filme se inspirou poderia ser muito melhor aproveitado, e uma pena que não foi. Tinha muito para ser um dos melhores do gênero terror do ano.

Para Re/Member, fecho com a nota crítica de 2/5.

Por fim, assista ao filme Re/Member na Netflix.

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