Perdido em Londres Crítica filme assistir online
Perdido em Londres (Divulgação)

O filme Perdido em Londres (2017) foi uma inovação para o cinema, e agora, ele finalmente estreará no digital no Brasil, e todos os detalhes você vai descobrir na nossa crítica!

É válido destacar que a crítica de Skinamarink contém spoilers do filme!

Crítica: Perdido em Londres (2017)

O filme começa como um verdadeiro desafio. Filmar um filme ao vivo, direto para os cinemas. Você tem noção do que é isso? Woody Harrelson é louco, como dizem vários atores no próprio filme, mas com certeza buscou uma inovação.

Essa transmissão ao vivo aconteceu em 2017, mas somente agora em 2022 que chegará nas mídias digitais, onde finalmente milhares de pessoas poderão assistir a esses quase 100 minutos de uma trama contínua.

O cinema vai mudar cada vez mais, e essa ideia de 5 anos atrás, sem dúvidas, marcou. A estreia na direção de Woody Harrelson, Perdidos em Londres, inovou o suficiente para ser uma das ideias mais inovadoras de todos os tempos.

E, além disso, o chamado “plano sequência” que nada mais é que a impressão de uma única tomada, é espetacular visto que ao vivo não a chances para erros grosseiros, e os 100 minutos com um elenco de 30 pessoas (mais centenas de extras) em 14 locais, dois táxis, um veículo da polícia e uma van enfeitada tornam o ainda mais brilhante.

Lá em 2017, o público teve a emoção extra de saber que o que eles estavam assistindo estava acontecendo do lado de fora naquele exato momento, em ruas e sets. O fato de ter saído quase sem problemas foi um crédito para uma equipe bem treinada, incluindo o operador de câmera, Jon Hembrough, e o diretor de fotografia, Nigel Willoughby. Muito dele é graças a essas duas pessoas. 

O fato de o filme finalizado também ter sido um engraçado e despreocupado na cultura das celebridades, zoando o próprio Woody, além de Owen Wilson, em vez de simplesmente um experimento virtuoso, é outro elogio a Harrelson, que também escreveu o roteiro, além de dirigi-lo.

Falando no roteiro, ele segue Harrelson em uma reencenação cômica de uma noite em 2002, quando ele fugiu em Londres e foi preso sob suspeita de causar danos. A trama começa com Harrelson saindo do palco após uma apresentação de teatro mal recebida e se xingando por assumir outro papel dramático. Seus fãs concordam. Uma diz a ele que sente falta de ‘Cheers’, enquanto outra pergunta: “Quando você vai nos fazer rir de novo?”

É o menor de seus problemas. Depois que um tabloide respingou em suas infidelidades, levando a uma briga com sua esposa Laura (Eleanor Matsuura), ele se refugiou em um clube com seu melhor amigo, Owen Wilson. Pelo menos ele pensou que eles eram melhores amigos. Apenas Wilson deixa escapar que seu melhor amigo sempre será Wes Anderson. E essa cena, deixa claro que tudo é uma piada bem construída.

Então, o filme é impregnado de espiritualidade, desde o taxista místico que aceita pagamento na forma de um poema até a aparição fugaz de Willie Nelson, que se materializa quando Harrelson está em seu ponto mais baixo. Somente quando ele é verdadeiramente humilhado, o ator pode reparar seus pecados. Ele acaba preso, e tem de pernoitar, humilhado por seus próprios defeitos. Uma verdadeira crítica social.

O filme não é perfeito, e principalmente em iluminação e áudio é possível notar algumas falhas, que era, muito difíceis de não ocorrer, visto como o mesmo foi gravado e transmitido.

Ele termina com uma reconciliação com sua esposa, e um depoimento do próprio Harry Potter, citado ao longo da trama como um objetivo de Woody em levar seus filhos ao parque para conhecê-lo. Um efeito de causa e consequência para seu objetivo ofuscado por uma noite muito louca.

Inovador e com ótimas interpretações, o filme sofreu poucas falhas se comparado a sua dificuldade incrível de ser produzida. Talvez por ser um plano sequência, a dinâmica nas conversas, mesmo que realistas, podem ter sido um pouco exageradas. Destaco: pouquíssimas pessoas conseguiriam montar toda essa estrutura, e construir algo que mudasse, talvez a longo prazo, e fizesse um novo jeito de fazer cinema.

Para o filme Perdido em Londres, fecho com a nota crítica de 7,5/10.

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