Fazer terror no Brasil é algo extremamente difícil, mas terror é indiscutivelmente o gênero mais divertido de se produzir, não há nenhum outro tipo de filme que diverte tanto em relação à interação com o público.

No último mês de outubro, durante a Horror Expo 2019, conversamos com cineasta de terror e horror brasileiro, Rodrigo Aragão. O diretor que é uma das referências da geração atual de filmes de terror no país, e contou um pouco da sua experiência e dificuldades em divulgar o gênero no Brasil.

As maiores dificuldades hoje de se fazer filme de terror no Brasil são conseguir patrocínio, que é algo quase impossível, e distribuição, é extremamente difícil conseguir fazer com que o seu filme chegue ao público.

Temos um público que adora filme de terror, vemos pelas bilheterias de filmes estrangeiros aqui no Brasil, como “Anabelle”e “Invocação do Mal”, porém a grande maioria dos brasileiros ainda não descobriu o terror nacional, isso acaba se tornando o grande desafio do gênero de terror brasileiro hoje em dia.

 “É de onde eu tiro sustento da minha família. Diz o diretor de cinema Rodrigo Aragão.”  

Ademais, surpreendentemente os filmes de terror nacional, obtém sucesso fora do país.  O público estrangeiro é mais receptivo à longas-metragens de gêneros considerados gore, diz Aragão. 

Eu tento fazer os filmes mais originais e brasileiros possíveis, e isso entrega originalidade aos filmes, e isso faz com que o público mundo a fora se apaixone pelos filmes. 

Ele que levou as criaturas do seu “Museu dos Monstros“, para exibição no Horror Expo, então todos eles foram produzidos em sets para algum filme em específico.

“Eu trabalho com efeito especiais há 25 anos e faço os meus filmes há 15 anos, e é muito gratificante trazer os monstros ao vivo para o contato com o público. Essa exposição é o fruto de muitos anos de trabalho e isso é muito gratificante para mim.  

O cineasta é proprietário da produtora Fábulas Negras.

— Estou agora na pós-produção da minha maior realização do cinema, que é um épico de terror chamado “O Cemitério das Almas Perdidas”, filme de maior orçamento que eu já tive.
— É um filme que se passa na época da colonização do Brasil, e contará com jesuítas, bandeirantes, índios, lutas de espadas e…. VAMPIROS. É um filme o qual eu não vejo a hora de vê-lo pronto, e o planejamento é lança-lo em meados de 2020. 

“Eu amo os Japoneses”.

Segundo o próprio cineasta, ele considera o mercado asiático o maior consumidor de suas produções.

Eu acho que o mercado asiático está acostumado a fazer uma linha de filmes como os meus. Os japoneses, já está acostumado com esse tipo de filme, e com o meu tempero brasileiro torna algo diferente do que eles estão acostumados e isso faz com que eles amem meus filmes.

Os longas de Rodrigo Aragão fazem parte do catálogo na Netflix do Japão, no entanto o diretor, não consegue vende-los para o Netflix Brasileiro. Comprovando um contraste de gosto e audiência em relação aos filmes de terror nacional.

Apesar dos brasileiros está mais receptivo as produções nacionais, as produções do gênero de terror tentam entrar nos lares do consumidor do país.

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