Antes do spin-off de Rainha Charlotte, havia tempos que não parava para assistir uma série produzida pela Netflix. Este ano está um agito acima do normal e acabei priorizando outros tópicos, nesse mundo do entretenimento.

Embora, eu tenha gostado da primeira temporada da Rainha Charlotte, achei que demoraria um bom tempo, para assistir uma nova produção da gigante do streaming. Eis, que sem sono resolvi por curiosidade “maratonar” outro spin-off, desta vez de Para Todos os Garotos que Já Amei, intitulado “Com Carinho Kitty“.

A trama segue os clichês das séries doramas, tentando mesclar uma visão ocidental mais liberação em relação as típicas produções sul-coreanas. Kitty Song Covey papel protagonizado pela jovem atriz Anna Cathcart, é a personificação de uma pacata garotinha que acredita que todos são seus amigos. Em outras palavras, o foco era transmitir a mensagem de uma menina inocente, ao mesmo tempo, cativante e irritante. Apaixonada por um garoto que conheceu durante as férias da família na Coreia do Sul em Para Todos os Garotos que Já Amei. Como resultado, ela deixa Portland (Estados Unidos) e segue em busca desse romance que continuava à distância pela internet.

Como não fazer loucuras em um amor de verão

No entanto, quem já foi jovem um dia sabe o que é ter um amor de verão e loucuras que não devemos fazer. Logo conhecemos Dae (Min-yeong Choi), e percebemos o quão tedioso o romance sem ser presencial é desgastante. Por impulsão ela simplesmente convence seus pais deixá-la ir estudar próximo do seu amado com a desculpa para aprender um novo idioma. Precisei desse início para começar mudanças bruscas no desenrolar da trama. Apesar de uma história previsível você não sente tédio ao assistir até fica surpreso. O problema é que a produção não consegue definir em quais grupos deseja ser mais tendenciosa.

Para quem não conhece a Coreia, são mais fervorosos com o cristianismo, ao contrário dos demais países asiáticos. É nesse momento que uma pessoa começa colocar em xeque , se realmente houve o intuito de desenvolver uma produção coreana ou levar os novos conceitos ocidentais. Deste modo, ter uma família feliz é passar uma falsidade com um sorriso de tapinha nas costas e não ter uma família, é algo triste.

O dilema do tradicional e o novo

A cultura ocidental tem como padrão que patriarca seja respeitado e os filhos devem respeitar a tradição. Porém, observamos Yuri (Gia Kim) uma personagem em que será é um dos grandes algozes da primeira temporada para Kitty. Ela é filha da diretora do colégio Kiss, Jina (Yunjin Kim), exibindo uma expressão , de quem sempre sempre está em um conflito interno com o dilema que contraria o desejo dos pais. Evidentemente, nossas escolhas devem ser conduzidas, por nós, sem uma influência direita dos pais, quando se trata do coração. Mas o que a série visa passar que os pais da jovem são perversos, principalmente sua mãe, por esconder um segredo moral.

Por sinal, a mãe de Kitty e de Yuri possui uma ligação que conhecemos nos desenrolar dos episódios até que tenhamos uma revelação, que vale assistir. Uma série adolescente, eles não perderiam o momento de ter bullying, só que os artifícios para construções da cena e diálogos, foram padrões previsíveis, que você percebe de imediato.

Personagens secundários dão conta do recado?

Os personagens principais e secundários aparentam uma certa química entregando o que se espera para série com um público específico. Min Ho (Sang Heon Lee) colega de quarto de Dae, consegue ser mais cativante que o próprio par romântico da “Maníaca de Portland“, como Kitty ficou conhecida no colégio. Outro personagem interessante é Q (Anthony Keyvan) que se tornará melhor amigo e confidente da protagonista. Juntos vão compartilhar suas frustrações e anseios de amores não correspondidos. O professor transferido Alex (Peter Thurnwald) é nesse personagem que teremos uma ação mais envolvente, não apenas em uma garota apaixonada. Para não ficar no mais do mesmo, apesar dos roteiristas sempre relacionando ao prazer da conquista de um coração partido.

A trilha sonora possui uma influência de K-pop de momento como Blackpink e também clássicos como Tears for Fears. Não comprometendo e sendo bastante suave agradando os expectadores que forem assistir.

Aos que gostam de um dorama com um estilo mais ocidental com romance de adolescente, Com Carinho, Kitty; deverá agradar!

Por fim, o estilo forçado de tentar implementar o novo conceito do ocidente em produções coreanas me deixou incomodado, mas nada que atrapalhará os já acostumados. Com Carinho Kitty (XO, Kitty) conta com 10 episódios na primeira temporada disponíveis no streaming da Netflix.

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