Crítica: Expatriadas (minissérie) – passagem pela dor

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A minissérie lançada no Prime Video,”Expatriadas” (Expats), mergulha na vida de uma pequena comunidade de expatriados ricos em Hong Kong, explorando as ramificações de uma tragédia familiar apocalíptica que afeta três mulheres centrais, e a crítica completa você lê a seguir.

A série destaca Margaret (Nicole Kidman), uma arquiteta que virou dona de casa, assombrada pelo desaparecimento de seu filho; Hilary (Sarayu Blue), uma expatriada indo-americana enfrentando um casamento em declínio; e Mercy (Ji-young Yoo), uma jovem coreana-americana cujas decisões impulsivas desencadeiam a tragédia.

Com uma narrativa desdobrada por Lulu Wang, temos uma visão das vidas dessas mulheres, explorando temas de luto, feminilidade, e deslocamento.

A minissérie mantém um mistério em torno da tragédia, revelando lentamente detalhes nos dois primeiros episódios, criando uma atmosfera de suspense para os demais.

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A crítica pode conter spoilers da minissérie!

Crítica de Expatriadas (Expats)

O diferencial de “Expatriadas” reside em sua riqueza de especificidades culturais, habilmente apresentadas por Wang. A cinematografia de Anna Franquesa-Solano capta tanto a vibração dos mercados noturnos de Hong Kong quanto o modernismo frio dos expatriados ricos. A série explora a dicotomia entre a riqueza opulenta e as questões sociais subjacentes, desde festas luxuosas até os protestos pró-democracia do Movimento dos Guarda-Chuvas.

As atuações são todas seguras, com Nicole Kidman transmitindo a fragilidade vítrea de Margaret, enquanto Sarayu Blue e Ji-young Yoo entregam interpretações diferentes. A virada amarga e cínica de Blue como Hilary e a atuação de Yoo como Mercy destacam-se como surpresas para os poucos episódios.

Minissérie Expatriadas, do Prime Video
(Divulgação / Amazon Studios)

O quinto episódio, por exemplo, é um desvio centrado nos empregados domésticos, porém, é muito longo e independente, e mesmo mostrando detalhes sobre as vidas desses trabalhadores, é um momento extremamente cansativo, e ruim para um penúltimo episódio.

Apesar de suas qualidades, “Expatriadas” é uma experiência densa e pesada, beneficiando-se do lançamento semanal no streaming para absorver completamente a riqueza de sua história.

A série oferece uma reflexão sobre temas complexos, o que é um acerto, mas seu ritmo lento e tom desolador podem sobrecarregar os espectadores que a consomem de uma só vez.

Minissérie Expatriadas, do Prime Video
(Divulgação / Amazon Studios)

Em última análise, “Expatriadas” se destaca como exploração da dor, ganância e deslocamento de lugares seguras, elevada pelas performances de seu elenco principal, mas peca em seu ritmo lento, um episódio sem sentido para o contexto geral das personagens (que para uma minissérie, não faz sentido) e momentos onde a trilha sonora erroneamente nos dá outro sentido no propósito em que gostaríamos de estar completamente imersivos.

Para a minissérie Expatriadas (Expats), a nota é 3/5.

Você pode assistir à minissérie através do Prime Video.

Nota da crítica

Regular
Dionata Allgayer
Dionata Allgayerhttps://www.meugamer.com/
Gaúcho, 20 anos. Apaixonado por cinema e pelo mundo das séries. "O seu maior adversário é você mesmo!" - Rocky Balboa.

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A minissérie Expatriadas abrange temas de luto, feminilidade, e deslocamento., mas peca por seu desenvolvimento lento, e por vezes, denso demais para a própria trama principal.Crítica: Expatriadas (minissérie) - passagem pela dor