Mass Effect Andromeda: finalizei com seis anos de atraso!
Mass Effect Andromeda — editado por MeUGamwr

Depois de jogar por 187 horas, finalmente consegui terminar o tão esperado Mass Effect Andromeda, com seis anos de atraso. Antes de mais nada, devo dizer que este jogo me decepcionou em muitos aspectos. Embora a história parecia ser interessante, a imersão muitas vezes era frustrante, com problemas como quedas de frame rate e bugs que me impediam de avançar. O hilário era ficar preso em locais como próximo uma rocha, desfiladeiro em diante. Além disso, o sistema de diálogo não era tão refinado quanto em jogos anteriores da série. No entanto, a beleza dos gráficos e a imersão no universo de Mass Effect fizeram, ver no que eles nos levariam nesta jornada; afinal sou um fã da franquia e esperava mais.

Demorei este tempo já que quis aproveitar o máximo possível de tudo em que foi liberado para os fãs de jogos de ficção científica com temática espacial. Claro, que a “Iniciativa Andrômeda” poderia ter entregue mais do que eles apresentaram. Entretanto, minha paixão por esse tema colocou-me em explorar cada momento, mesmo que frustrante em boa parte da jogatina.

Mass Effect Andromeda é um jogo de RPG e ficção científica lançado em 2017 pela BioWare. O jogo apresenta um vasto universo de exploração e combate, com uma história que era até promissora quando lemos o enredo do game. Contudo, infelizmente, o jogo não conseguiu atender às expectativas dos fãs da franquia, devido a alguns problemas técnicos e de narrativa em seu ano de lançamento.

Esta situação fizera a Electronic Arts repensar no futuro da franquia e ao invés de lançar uma continuação, preferiram trabalhar no remaster de Mass Effect Trilogy. A trilogia foi lançada em 2021 com gráficos otimizados, sendo intitulada de “Legendary Edition“, veja nossa análise aqui. O desafio da Bioware agora é reconquistar boa parte dos fãs frustrados desde os acontecimentos de “ME3“, com final pífio do Comandante Shepard. Embora tenham anunciado que estão trabalhando em um novo jogo da saga, os desenvolvedores deram poucos detalhes.

Resolvi lançar esta revisão no exato dia do “N7 Day“; uma homenagem ao uniforme que o Comandante Shepard vestiu nos três primeiros jogos da franquia Mass Effect. A celebração acontece todo dia 7 de novembro, reservando uma surpresa onde a BioWare costuma atualizar em seu Blog oficial, com informações da saga.

Mesmo com as falhas em sua jogabilidade e problemas técnicos, vale jogar?

Mesmo com as falhas e problemas técnicos, perseverei em Andromeda acreditando ser surpreendido em algum momento que não fosse sonolência. Imaginei uma trama complexa e personagens bem desenvolvidos, onde fosse oferecido uma experiência única que pode prender o jogador por horas a fio. Para aqueles que amam sci-fi e RPGs, na minha experiência, a jornada dos Ryder é apenas para falta de opção. O passeio pelas galáxias é como se eu estivesse utilizado um software capaz de visualizar o céu profundo, como o “Stellarium” por conta da abordagem.

Uma das características mais interessantes do jogo é a possibilidade de escolher entre dois personagens para começar a jornada: Scott Ryder ou sua irmã Sara Ryder; como nos outros games, você também consegue alterar o primeiro nome deles para o seu, além de personalizá-los. Essa escolha influencia a história do jogo, afetando as relações e interações com outros personagens. No âmbito da franquia não é nenhuma novidade, exceto por seu papel não ser mais de um militar de posto avançado, mas um “Explorador“.

Por outro lado, os personagens de Mass Effect Andromeda não são tão memoráveis quanto os da trilogia original. Os diálogos são rasos e pouco desenvolvidos, o que dificulta criar uma conexão emocional com os personagens. Alguns personagens acabam sendo pouco explorados ao longo da história, o que é uma pena, considerando o potencial de cada um deles.

A história se passa 800 anos no futuro e apresenta um universo muito interessante para explorar, mas acaba perdendo o foco em alguns momentos. As missões secundárias podem ser divertidas, mas muitas vezes são repetitivas e não acrescentam muito à trama principal. Além disso, o jogo apresenta alguns problemas técnicos, como bugs e glitches, que podem afetar a experiência do jogador.

Apesar desses problemas, sistema de combate é fluído e dinâmico, com muitas opções de armas e habilidades para experimentar. A exploração dos planetas é um dos pontos altos do jogo, permitindo que o jogador descubra novos locais e recursos nos planetas. Evidentemente não são todos os planetas que podemos explorar, exceto pelos que possuem parte com a campanha principal.

Novas raças e outras já conhecidas, e poucos personagens memoráveis!

Existem várias raças diferentes que aparecem em Mass Effect Andromeda, algumas das quais são familiares para os fãs da série, enquanto outras são novas para o jogo. Entre as raças familiares estão os humanos, turianos, asari e krogan. Além disso, o jogo apresenta os Angaras, uma nova raça alienígena que é nativa da galáxia de Andrômeda. E outras inteligentes como Kett (principais inimigos comuns), Relíquias e Jardaan (raça misteriosa) -; onde teria grande participação na trama caso houvesse uma continuação. Pasmem, a maioria das espécies são apenas de seres não inteligentes. Bem diferente da trilogia original que na ‘Citadel‘, encontrávamos uma variedade de raças alienígenas inteligentes de diferentes aspectos. Compreendo o quanto é frustrante não ter os Quarians, já que sua arca era apresentada como possivelmente perdida ao longo da trama.

Quanto aos personagens principais, o jogador assume o papel de Ryder, um humano que é um dos membros da equipe de exploração da iniciativa Andrômeda. Outros personagens principais incluem: Vetra, uma Turian que é uma contrabandista de corações solitários; Peebee, uma asari curiosa e imprudente; Jaal, um Angara leal e astuto; e Drack, um Krogan mais velho e experiente que também é um mercenário. Cada um desses personagens tem sua própria personalidade, história e habilidades únicas que podem ajudar o jogador a enfrentar os desafios que encontrarem. No lado dos humanos, os personagens Cora Harper e Liam Kosta, completam nossa equipe dos 7 membros. Sendo Cora uma humana “adotada” pelas Asaris possuindo grande conhecimento e cultura desta raça e Liam um ex-policial.

Mesmo com a frustrante descoberta que o Habitat 7, não é o que eles pensavam com a falta de comunicação da Hyperion e Nexus além das demais arcas. A carga dramática para construção da personagem em consolidar todo um sistema planetário. Fica longe daquela vibrante trama liderada por Shepard e seus companheiros dos três primeiros títulos da desta franquia. A perca de um membro importante dos originais do N7, personificou o Ryder em virar um super combatente. Até o próprio Shepard e sua experiência militar sentindo dificuldades em prosseguir na batalha da hum anida e aliados contra os Reapers. Scott e Sara os combatentes em medos diálogos soberbos sem duvidar de si. Introduzindo a falta de uma jornada de herói, ainda que no início, do que atualmente seria corriqueiro nas principais franquias de jogos de videogames.

A trilha sonora segue o mesmo nível dos demais títulos da franquia

A trilha sonora do jogo é excelente, com músicas que ajudam a criar o clima de ficção científica e aventura. Os gráficos também são muito bem feitos, paisagens deslumbrantes e efeitos visuais impressionantes. Não confunda meu elogio em relação às expressões faciais que foram tecnicamente ruins. O quesito trilha sonora, a BioWare, sempre soube como escolher o músico certo, para composições de seus jogos. A composição da trilha sonora é do renomado John Paesano, conhecido em produções de sucesso da indústria cinematográfica e dos games. Entre seus trabalhos notáveis estão Marvel’s Spider-Man 2, Gran Turismo Sport, Invencível série animada da Amazon, entre outras produções.

Sinceramente, o novo universo da narrativa pode parecer carente de inspiração, pois não requer que os usuários estejam rigidamente comprometidos com os enredos dos seus Vaults e Monólitos. Isso pode levar os jogadores a cumprir a trama apenas para ver do que se trata, mas o resultado pode ser decepcionante.

Em resumo, Mass Effect Andromeda é um jogo que havia potencial, mas que acabou sendo prejudicado por problemas técnicos e narrativas e escolhas duvidosas. Os personagens poderiam ser mais bem desenvolvidos e trama imersiva, sem tantas missões secundárias repetitivas. No entanto, ainda é um jogo divertido e interessante de se jogar, especialmente para os fãs da franquia. A nota final do jogo é um 6.5, refletindo seus pontos positivos e negativos. Aquilo que terminou errado, sua resolução levou ao reinício do caos. Quem jogou a saga de Mass Effect sabe quais os problemas a que estou me referindo.

Mass Effect Andromeda: Um Reboot fará o jogo ter mais sentido com um enredo melhor elaborado pela BioWare, onde não soube aproveitar o potencial da galáxia de Andromeda!Jefão Calheiro
6.5
out of 10.
2023-11-06T22:30:46-0300

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