Análise de Pool Party

Vale a pena jogar o bilhar das gincanas?

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Pool Party, desenvolvido pela Lakeview Games e publicado pela Mindscape, estreou no universo dos games prometendo diversos desafios entre amigos, por meio de diversão no estilo “party” e adaptações de esportes conhecidos, onde o objetivo é assumir o posto de rei. Como bolas de sinuca, enfrentamos amigos ou a IA em confrontos cheios de velocidade e arenas igualmente dinâmicas, contando com efeitos caóticos baseados em física. Com diversas opções de entretenimento, o título merece sua atenção? 

Certos jogos são referência no quesito “cozy games”, e Pool Party não escapa dessa linha de atuação em minhas análises. Nem sempre estamos dispostos a enfrentar desafios entre tiros e golpes de espada, ou não nos importamos se a performance de um jogo atingiu os 60 FPS esperados. Determinados jogos, especialmente indies, possuem o potencial de entreter mesmo utilizando recursos e formatos limitados, simplesmente adaptando ideias potencialmente divertidas. 

Pool Party adota entretenimento simples

Pool Party não possui uma história, mas sim a essência básica de um jogo para diversão em grupo, no formato local. Sua atuação se restringe ao multiplayer local, o que potencialmente limita o título, já que em nenhum momento ele tenta ser levado a sério ou apresenta grandes conteúdos ou implementações inovadoras. 

Entendo que, ao optarmos por um título do tipo “party”, nosso objetivo será participar do jogo com amigos ou familiares, competindo entre risadas e adotando táticas pouco convencionais para impedir o sucesso dos outros. Não importa o nível de habilidade, seja entre jogadores hardcore ou ocasionais, o objetivo sempre será a diversão, e Pool Party é basicamente o que se esperaria. 

Por outro lado, deixar de incluir a opção online é uma aposta bastante arriscada e menos acessível do que o esperado em um jogo do tipo “party”. Nem sempre amigos e familiares estão no mesmo local, e muitas vezes o conceito de família pode ser mais abrangente no mundo real. Com o avanço no desenvolvimento de jogos, que requerem recursos cada vez maiores e estão sujeitos até mesmo ao fechamento de estúdios e cancelamento de projetos, a falta de um servidor ativo e a ausência de atividades online geram preocupações em relação aos pequenos estúdios e seus primeiros projetos. 

Uma parte significativa da população mundial está ativa no mundo virtual, vivendo uma parcela considerável de suas vidas nesses ambientes alternativos, e os jogos representam uma conexão de interesses que unem pessoas em atividades específicas, como as encontradas em Pool Party. Dito isso, continuo minha análise destacando os pontos positivos e negativos observados em minha experiência. 

Modos diversificados

O básico é aprendido por meio de um breve tutorial, com comandos simples e intuitivos, como: andar, mirar, rolar e chutar. Nele, experimentamos a mecânica adotada e os comandos, sempre responsivos, entre ações mais precisas nos confrontos nas arenas e atividades aceleradas e difíceis de controlar nossa pequena bola de sinuca. 

Prepare-se para batalhas em arenas contra a IA ou até três amigos adicionais. Todos os modos são simples, permitindo uma progressão de aprendizado suave, e destacam as vantagens e desvantagens do combate entre as bolas de sinuca. Algumas arenas apresentam recursos que adicionam um toque extra à competição, e as IAs têm comportamentos diferenciados quando alteramos o nível de dificuldade, aumentando seu ritmo, acertando nossa bola com maior frequência e tornando a dinâmica, até então fácil demais, desafiadora. 

Os modos presentes no jogo são: tênis, sumô, futebol, ídolo, bilhar, agouro e grátis para todos. No modo tênis, participamos de partidas em dupla, com o objetivo de atingir o fundo da arena adversária. Como recurso adicional, um item percorre o fundo da arena como uma espécie de obstáculo no qual a bola pode bater. Além disso, há um limite de tempo em que você deve manter a posse da bola antes que ela, literalmente, exploda, fornecendo pontos aos adversários.  

No modo Sumô, encontramos uma mecânica que lembra os momentos de Fall Guys, com uma pequena arena circular como campo de jogo. O objetivo é empurrar a bola de sinuca adversária para fora da arena sem o uso de chutes. Já no modo futebol, o famoso gol surge sem goleiro, exigindo nossa intervenção para evitar que a bola entre no gol. No caso do modo Ídolo, uma das bolas carrega o ídolo, e nosso objetivo é tirá-lo do adversário, mantendo o controle do objeto pelo maior tempo possível para acumular pontos. 

No modo Bilhar, o foco está em acertar as bolas nos buracos, como em uma partida de sinuca real. No modo Agouro, devemos nos livrar da maldição antes que o tempo se esgote, sobrevivendo à sua influência negativa. Por fim, no modo Grátis para Todos, a arena é a mesma do modo Bilhar, e o objetivo é simplesmente eliminar os adversários em uma ação frenética, sem recursos adicionais envolvidos. 

Cada nível possui um tempo limitado, o que adiciona a sensação de urgência e brevidade aos rounds. O jogador que acumular mais pontos até o final do tempo vence a rodada, ou ao atingir 12 pontos no total. 

Jogabilidade e táticas

A jogabilidade requer paciência em alguns momentos ou a escolha da calma e precisão como opções táticas. Entre adversários constantemente rolando pela tela e o controle da situação ao ser atingido, tais táticas se tornam desafiadoras, o que aumenta a diversão e o desejo de vencer. 

Por outro lado, a repetição frequente traz a sensação antiga da necessidade de algo mais. Embora existam variações nos modos de jogo e um senso de caos, o jogo se limita e se prende muito ao existente, e o conteúdo entregue não é suficiente. Talvez adotar arenas mais dinâmicas em Pool Party, com obstáculos que acrescentem desafios, mudar os cenários propostos com outros temas e variar o visual das arenas já bem trabalhadas garantiriam uma extensão da vida útil do jogo e manteriam o interesse dos jogadores. 

Performance e recursos sonoros

Visualmente, não espere um título com gráficos e design impressionantes. Seu destaque está na paleta de cores adotada, que realça a ideia de temporada de férias, verão e diversão, utilizando tons pastéis e as devidas marcações coloridas para as bolas de bilhar. Em jogos caóticos, as indicações visuais são de suma importância, e a implementação adotada funciona bem, mantendo sempre nosso personagem ativo em vista entre as cores na tela. 

O título funcionou perfeitamente no PlayStation 5, sendo responsivo aos comandos propostos pelo DualSense, executando as ações no tempo necessário para as atividades, sem atrasos ou travamentos. A trilha sonora é simples e sintetizada, e os elementos sonoros cumprem seu papel como indicativos das ações efetuadas pelas bolas de bilhar. 

Gamerdito (Veredito): 

Pool Party oferece uma experiência limitada. Apesar dos modos implementados e da diversão local em grupo, a falta de expansão para o modo online resulta em um período de diversão restrito, onde os bots devem preencher boa parte do tempo dos jogadores solo. 

Como primeiro título da Lakeview Games, devo ressaltar que o conceito em si possui potencial de entretenimento e diversão, e certamente alegrará a criança que existe dentro de você. No entanto, não se destaca como uma das melhores opções para diversão a longo prazo e perde a oportunidade de competir com jogos na mesma categoria ao permanecer offline. 

Finalizo minha análise desta review de Pool Party com uma NOTA – 6/10

Acompanhe um pouco do nosso vídeo de jogabilidade: 

Pool Party - Minutos iniciais no PlayStation 5 em PT-BR (Sem comentários)

Escolha sua plataforma favorita entre PC SteamPlaystation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch. No Xbox Series S/X, estreia no dia 31 de maio de 2024.


Agradecemos à Lakeview Games e Mindscape pela liberação da chave do jogo, nos proporcionando a oportunidade de realizar uma análise de Pool Party na versão de Playstation 5 via plataforma PlayStation Store

A análise apresentada é completamente independente e não recebeu qualquer tipo de patrocínio ou influência externa. As opiniões expressas aqui são isentas de vínculos ou interesses relacionados.


Repare que esta análise foi baseada no console PlayStation 5 e em outros similares da nona geração de consoles. Caso o título receba uma remasterização ou um remake daqui a alguns anos, essa review pode não representar essas futuras atualizações, servindo apenas como um meio de comparação entre a versão clássica e a atual.

Jefão Calheiro
Jefão Calheiro
Entusiasta dos games, filmes de sci-fi, e nas horas vagas sonha em ser astrônomo amador. Acredito que todos possam ter suas opiniões onde devemos respeitá-las. Uma das minhas paixões é o maior Clube Brasileiro, o Flamengo! Vamos gamernéfilos que todos os dias há novidades =).

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