Análise de Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft

A arqueóloga voltou remasterizada agradando seus fãs na primeira trilogia original da franquia

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A jornada de Tomb Raider começou em uma era que o 3D não era tão comum, quando o PlayStation 1 reinava como console de última geração. O primeiro Tomb Raider foi um pioneiro, que foram os alicerces sobre os quais toda a franquia Tomb Raider foi construída, estabelecendo um tom e definindo os pilares que cativariam os jogadores por décadas a fio. Antes da nossa análise de ‘Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft’ vamos adentrar um pouco mais nesta franquia.

Conforme o tempo avançava, Lara Croft tornou-se um ícone, atravessando não apenas consoles e PCs, mas também gerações de jogadores. Cinco sequências, reboots e inovações mais tarde, a caçadora de tesouros intrépida continuava a surpreender e fascinar, mantendo-se relevante em um cenário de jogos em constante evolução.

O sucesso era evidente que 3 produções hollywoodianas foram encomendas, sendo os dois primeiros filmes interpretado por Angelina Jolie e o segundo pela Alicia Vikander. Infelizmente, todos os três longas não conseguiram agradar unanimemente os críticos e fãs da arqueóloga mais famosa do mundo dos games. Por outro lado, a perso nagem sempre emblemática mantém sua fanbase forte e também possui uma série de produtos licenciados globalmente.

Então, após o desfecho da ambiciosa trilogia de origem com Shadow of the Tomb Raider em 2018, eu e muitas pessoas ficaram órfãos de novas aventuras. O hiato prolongado me deixou um vazio, uma ausência que só poderia ser preenchida com algo verdadeiramente especial.

O retorno às origens é mais do que uma simples nostalgia; é uma oportunidade de testemunhar a evolução da série ao longo do tempo. A promessa de uma versão remasterizada traz consigo não apenas gráficos atualizados, mas também a chance de redescobrir os desafios intricados, os mistérios envolventes e as tumbas perigosas que cativaram os jogadores pela primeira vez, agora com a nova oportunidade de conquistar novos fãs para a franquia. E claro, é um grande prazer revisitar os três primeiros jogos dessa icônica franquia, e me senti presenteado diversas vezes durante minhas aventuras.

Devo citar um problema e certa crise entre a Crystal Dynamics e os fãs da caçadora de relíquias. Eles adicionam uma mensagem sobre o quanto acreditam que as primeiras versões dos jogos não fazem mais parte da gestão atual, causando remoções de pôsteres da personagem em alguns cenários do jogo, entre outros detalhes, revoltando uma parcela considerável que esperava ver uma fidelidade também nesses detalhes.

Um Lugar de Muitas Memórias

Num cenário onde remasters muitas vezes são fracos ou desnecessários, a Aspyr se destaca brilhantemente com o trabalho excepcional realizado nos três primeiros jogos de Tomb Raider. Onde outras remasterizações talvez tenham vacilado, a Aspyr não apenas atendeu às expectativas, mas elevou a experiência a um nível que redefine os padrões para como um remaster deve ser feito.

Durante a minhas aventuras, deparei-me com um recurso que considerei incrível, a capacidade de alternar entre a versão clássica e a versão remasterizada. Sinceramente, foi uma funcionalidade que utilizei bastante ao longo da minha aventura. A possibilidade de revisitar certos locais do mapa na versão clássica, para depois comparar com a bela versão remasterizada, trouxe à tona uma lágrima de pura nostalgia.

A transformação da própria Lara Croft é surpreendente. Seja nos contornos mais nítidos de seus traços faciais ou na fluidez de seus movimentos, fica evidente que houve um esforço considerável para aprimorar a experiência visual. A expressão nos olhos de Lara, os mínimos detalhes de suas roupas e até mesmo a maneira como ela interage com o ambiente – tudo transpira uma dedicação apaixonada por parte dos desenvolvedores.

É interessante notar que, ao explorar Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft, fica evidente que as cinemáticas não receberam uma remodelação significativa, que sinceramente achei bem pouca e decepcionante, mesmo comparando a versão original e a remasterizada.

Nem Tudo é um Mar de Flores

Um aspecto que impactou consideravelmente a minha experiência de gameplay foi a imprevisível câmera. Existindo duas versões de controle, a versão original que é chamada de “câmera tanque,” onde precisamos girar o personagem em torno de si para ir para outros lados.  E a versão remasterizada, semelhantes aos de Tomb Raider: Anniversary, que deveria ter sido uma melhoria. Contudo, a implementação dessa mudança pela Aspyr não foi bem-sucedida.

A câmera parecia temperamental, movendo-se inesperadamente ou até mesmo agindo de maneira independente, sem obedecer aos meus comandos. Esses momentos imprevisíveis interferiram significativamente na minha experiência e vontade de explorar o ambiente e enfrentar desafios de maneira eficaz. Além disso, houve situações em que a câmera simplesmente “travava”, permitindo-me ver através de paredes e arruinando completamente a imersão.

No que diz respeito ao combate, uma característica notável é a sua intocável permanência, mantendo-se praticamente inalterada. O método de mirar e atirar, combinado com as esquivas através de saltos, permaneceu como o núcleo do sistema de combate. A simplicidade desse enfoque pode, de fato, tornar-se cansativa e repetitiva, uma vez que é uma limitação herdada do jogo original. Entretanto, é interessante observar que essa essência foi preservada na remasterização. Em meio a evoluções tecnológicas e atualizações gráficas, a abordagem básica do combate permanece fiel ao original. 

Contudo, é importante notar que a manutenção dessa abordagem pode não agradar a todos os jogadores, especialmente aqueles que buscam inovações e aprimoramentos significativos no sistema de combate. 

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A alegria de explorar a variedade de inimigos e armadilhas continua a ser uma constante, mantendo a essência que caracteriza a série. Resolver puzzles ainda envolve a execução de manobras de “parkour“, a manipulação de alavancas, e a exploração para descobrir chaves e outros elementos necessários para avançar. Essa familiaridade com os elementos clássicos da jogabilidade contribui para a coesão e autenticidade da experiência.

Porém, a novidade que merece destaque é a inclusão das expansões da primeira trilogia, marcando a primeira vez que esses conteúdos estão disponíveis para os consoles. Essa adição representa um presente para os fãs que, pela primeira vez, podem explorar e vivenciar as histórias expandidas diretamente em suas plataformas preferidas.

Seu setup

Agora surge uma questão, será que o desempenho está atendendo às expectativas? Nossa gameplay se baseou na utilização de uma configuração robusta, composta por uma GPU RX 6600, CPU Ryzen 5 3600, 2×8 GB de RAM a 3200MHz, e um SSD NVME com taxa de transferência de 3,5GB/s. Os resultados, sinceramente, foram positivos, destacando-se pela ausência de quedas de FPS e pela inexistência de qualquer tipo de problema técnico durante a minha aventura.

Embora, é importante mencionar uma distinção significativa entre as versões do jogo. Ao executar a versão clássica, observamos um limite de 30 FPS. Por outro lado, ao optar pela versão remasterizada, esse limite é inexistente, alcançando 200 fps. Esse aumento na taxa de quadros contribui para uma experiência de jogo ainda mais suave e fluida, realçando os detalhes visuais e oferecendo uma resposta mais ágil aos comandos do jogador.

Contemplem essa Maravilha

A jornada de Tomb Raider ao longo das décadas é uma narrativa fascinante que transcende gerações de jogadores e consoles. O retorno às origens, por meio desta remasterização excepcional realizada pela Aspyr, não apenas cumpre as expectativas, mas também resgata a essência que tornou a série icônica desde seu início.

A capacidade de alternar entre a versão clássica e remasterizada revelou-se uma adição notável, proporcionando não apenas uma atualização visual, mas uma oportunidade única de revisitar lugares marcantes com uma riqueza de detalhes revitalizada. Cada textura, movimento e expressão de Lara Croft demonstram não apenas um compromisso técnico, mas uma paixão palpável por parte dos desenvolvedores.

Contudo, a experiência não foi isenta de desafios, sendo a imprevisibilidade da câmera um ponto de frustração significativo. As oscilações inesperadas e os bugs comprometeram, em certa medida, a imersão na narrativa, tornando-se um obstáculo notável durante a exploração do ambiente.

No entanto, mantendo a essência do combate, embora por vezes repetitiva, preserva a nostalgia do sistema original, conectando os jogadores à experiência que fez Tomb Raider ser adorado por tantos. A inclusão das expansões da trilogia original é uma adição bem-vinda, enriquecendo a experiência para os fãs que agora podem explorar essas histórias expandidas em suas plataformas preferidas.

No que diz respeito ao desempenho, a configuração robusta utilizada para a nossa review proporcionou uma experiência livre de problemas técnicos, destacando-se pela fluidez e ausência de quedas de FPS. A distinção entre as versões clássica e remasterizada, com um aumento notável na taxa de quadros, oferece aos jogadores a opção de uma experiência ainda mais envolvente.

Assim, Tomb Raider Remastered não apenas resgata a nostalgia dos jogadores, mas também estabelece um novo padrão para remasterizações, proporcionando uma experiência que honra o passado enquanto se adapta aos padrões modernos. Apesar dos desafios, a jornada de Lara Croft continua a cativar, marcando um novo capítulo na história de uma das franquias mais icônicas dos videogames.

Gamerdito (Veredito) de Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft: 

Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft é um presente incrível para os fãs. Cada momento foi mágico e nostálgico, desde os sons das balas até a exploração. Revisitar esses clássicos com gráficos melhorados e controles refinados foi como redescobrir um tesouro perdido. Recomendo não só para os fãs antigos, mas também para quem quer explorar esses jogos pela primeira vez. Não sabia o quanto precisava desse remaster até tê-lo. Uma experiência que reacendeu a paixão por essa obra-prima.

Finalizo minha análise de Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft com uma NOTA – 8,5/10.

Escolha sua plataforma favorita entre  PCPlaystation 4Playstation 5Xbox OneXbox Series X|S, Switch. Adentrando nesse universo de relíquias, quebra-cabeças, armadilhas mortais, além de feras desafiadoras de ‘Tomb Raider I-III Remastered’.


Agradecemos à ASPYR e a Crystal Dynamics pela liberação da chave do jogo, nos proporcionando a oportunidade de realizar uma análise de Tomb Raider I-III Remastered Starring Lara Croft  na versão de PC Windows via plataforma Steam.

Gamernéfilos, comentem aqui!

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