O interesse da Microsoft em adquirir estúdios japoneses; não é novidade na indústria
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É curioso como recentemente algumas pessoas ficaram surpresas com a divulgação de documentos que sugerem que a Microsoft teria considerado adquirir alguns estúdios japoneses, como a Sega, para fortalecer o seu Xbox Game Studios. É sabido que a gigante americana sempre teve o desejo de conquistar o mercado asiático, especialmente o mercado japonês, que é dominado por concorrentes fortes, como a Sony e a Nintendo. A Microsoft se via diante do desafio de encontrar uma maneira de ultrapassar essa barreira e atrair os consumidores do Japão, que priorizam produtos locais.

O lançamento do Xbox Game Pass em diversos mercados, especialmente com a adição do Cloud Gaming (anteriormente conhecido como xCloud), despertou a curiosidade dos jogadores no mercado japonês. Além disso, o último console da empresa, o Xbox Series X|S, conseguiu ganhar força em comparação aos seus antecessores. Em 2021, foi divulgado que o Series X|S estava superando as vendas do Xbox One no Japão. Devemos lembrar que a própria SEGA informou que a parceria não se limitaria apenas para consoles Xbox.

A introdução acima tem como objetivo mostrar que Phil Spencer, CEO da Microsoft, sempre teve o objetivo de entrar no mercado japonês, onde a maioria dos consumidores são fãs de jogos eletrônicos. De acordo com documentos internos divulgados durante uma audiência da Federal Trade Commission (FTC), além de adquirir a Bethesda e a Activision Blizzard, a Microsoft também almejou outros grandes estúdios, como a SEGA e a Bungie; — No início de 2022 a Sony anunciou a compra da desenvolvedora de Destiny.

De acordo com um artigo publicado pela The Verge, o chefe do Xbox, Spencer, enviou mensagens para o CEO da Microsoft, Satya Nadella, e para a CFO Amy Hood, sobre a proposta de novas aquisições de estúdios de jogos. Essas informações comprovam o interesse da empresa em se consolidar no mercado asiático, especialmente no Japão.

Uma mudança interessante ocorreu com a franquia Yakuza, que passou a ser chamada de Like a Dragon no ocidente. Isso ocorreu provavelmente devido à associação do nome Yakuza com facções criminosas que não são bem vistas nas Américas. Como um possível indício de uma futura compra da criadora do Windows? Além disso, nos últimos meses, diversos jogos desenvolvidos por estúdios japoneses têm sido adicionados ao catálogo do Game Pass. A SEGA e a Atlus, subsidiária da publisher japonesa, são os estúdios com maior representatividade no catálogo. Os próximos jogos da série Persona estão confirmados para serem adicionados ao serviço do Game Pass.

Pode ser que a Microsoft esteja agindo com discrição em relação a possíveis aquisições de estúdios asiáticos para evitar problemas legais, como está ocorrendo com a Activision Blizzard. É importante lembrar que as mensagens entre Phil Spencer, CEO do Xbox, Satya Nadella, CEO da Microsoft, e Amy Hood, CFO da empresa, foram trocadas em meados de 2020. No entanto, o conteúdo das mensagens não foi revelado, então não sabemos se houve uma resposta positiva ou não à proposta de aquisição de estúdios japoneses.

Enquanto o impasse em relação às aquisições pendentes não forem resolvidos, é possível que a Microsoft opte por não anunciar nada para evitar novos problemas legais. No entanto, é certo que a empresa está interessada em adquirir estúdios japoneses ou asiáticos nos próximos anos, já que esse é um dos mercados mais rentáveis do mundo e pode gerar um fluxo de caixa imensurável para a empresa.

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